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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Música / Mpb: Cantora Amelinha registra composição feita por Vinicius de Moraes para ela há mais de 35 anos

Amelinha. Crédito: Jardiel Carvalho/Divulgação 

Apesar de pertencer à turma de artistas nordestinos que invadiram a música popular brasileira nos anos 1970, a cantora cearense Amelinha acredita que sua carreira só começou realmente quando foi convidada por Vinicius de Moraes para acompanhá-lo em uma viagem, em 1975. “Ele e Toquinho iam sempre a Punta del Este, no Uruguai, e me levaram para cantar com eles”, recorda, orgulhosa, aos 62 anos. “Eu aprendi muito, principalmente sobre espontaneidade em cima do palco”. A amizade com o poetinha, cujo centenário será celebrado em 2013, rendeu uma homenagem a ela, a canção Ai quem me dera. Amelinha, contudo, não havia registrado a faixa — uma das inúmeras parcerias de Vinicius e Toquinho — até o ano passado, quando gravou o DVD Janelas do Brasil ao vivo, lançado agora.

“Ele fez a música e me ensinou a cantar, mas eu achava que não estava preparada. Eu não conseguia dar umas notas mais graves, que eu só atingi depois de mais velha”, explica a artista, apresentada a Vinicius pelo amigo Fagner. “Meus professores de canto diziam que as mulheres ganham graves depois dos 40 anos”. A canção acabou sendo lançada por Clara Nunes, teve outras gravações e foi tema instrumental de novela. Amelinha aproveitou para relembrar a história no primeiro DVD de sua carreira fonográfica, registro ao vivo do CD Janelas do Brasil, de 2011, que encerrou o jejum de uma década sem que tivesse um disco publicado.

No projeto, além de levar para o palco as canções de 2011 (entre elas versões para músicas de Marcelo Jeneci e Chico César e de Beto Guedes e Ronaldo Bastos), a intérprete reaviva sua conexão com os conterrâneos cearenses (Belchior, Ednardo e Fagner) e exalta a confraria nordestina da qual faz parte (Alceu Valença, Zé Ramalho, Cátia de França, Robertinho do Recife e Fausto Nilo). E, já que o intuito era comemorar os anos de vida artística, Amelinha não poderia deixar de relembrar as canções que são imediatamente associadas à sua voz: Frevo mulher, Foi Deus quem fez você e Mulher nova, bonita e carinhosa. 

Os 10 anos de hiato aconteceram, segundo Amelinha, por não conseguir combinar as pessoas certas para realizar os projetos. O encontro com o produtor Thiago Marques Luiz foi o indício de que uma novidade pintaria. A cobrança dos admiradores também contou bastante. Sobre privilegiar os compositores de sua época, ela diz que é apenas por uma questão de identificação. “Acho que, se espalhar muito, perde a identidade”.

Serviço

Janelas do Brasil — Ao Vivo
DVD de Amelinha, produzido por Thiago Marques Luiz. Lançamento Lua Music e Canal Brasil, 18 faixas. Preço: 34,50. Também em CD (16 faixas, R$ 24,50).



 

O que diz Amelinha sobre:

Fagner
Foi meu primeiro produtor, no disco Flor da paisagem (1977). Meu amigo, me estimulou a me profissionalizar.  Eu gostava muito de brincar, era mais diletante em relação à música. Achava complicado o meio musical e não sabia se eu queria gastar minha energia com isso. Existe um jogo dentro do showbiz que eu não curto muito, e você tem que satisfazer aqueles caras ao seu redor. Fagner foi um estímulo, inclusive ele espalhava para as pessoas que eu cantava.”

Toquinho
Ele participou de um disco meu chamado Porta secreta (1980), em que cantamos Valsinha. Queria que ele estivesse de novo comigo, e ele se dispôs a sempre me acompanhar. É muito bom tê-lo no palco. Nós sempre fomos muito amigos, ele se hospedava na casa do Vinicius, em São Paulo, e eu ia muito para lá. Eu tinha 24 anos, Vinicius gostava de conversar com a gente, enquanto Toquinho tocava violão. Era uma coisa muito boa.”

Zeca Baleiro
Sempre tive muita admiração por ele. Acho um grande pensador, um cara simples, mas forte. Baleiro é muito leve. Eu fiquei muito feliz. No disco de estúdio, gravei uma música dele chamada O silêncio. Mas ele não quis cantá-la no DVD, queria Asa partida, de Fagner e Abel Silva, que ele adora. No DVD, ele e Fagner fizeram uma surpresa para mim. Depois que participaram, foram ao camarim e voltaram para cantar Flor da paisagem.”

Gabriel de Sá - Correio Braziliense

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