POESIA: Sonetos de Marcos Rangel, poeta Egipciense

Marcos Alberto Gonçalves Rangel, natural de São José do Egito, nascido em 16 de abril de 1975, casado, filho  de Francisco de Assis Rangel e Amara Gonçalves, 9º filho de uma família de 10 irmãos regida pelas leis católicas e pelo amor ao Pajeú.

Egipciense nato, começou a trabalhar em 1992 na famosa bodega de Edivaldo, lugar sempre frequentado por vários poetas Pajeuzeiro e de outras regiões do nordeste.

Residiu em Afogados da Ingazeira durante algum tempo e hoje reside em Brasília – DF.  desde 2000, sendo que em nenhum momento esqueceu sua terra natal e suas origens. Sendo autor do livro que tem como título: “ESPELHO” um livro que mostra a beleza das suas poesias.

Estes  dois sonetos fazem parte do livro

Espelho

Quem me dera encontrar-me pela rua

Pra falar-me do amor que me neguei

Perguntar por alguém que já amei

E olhar minha face pela sua

Pra fazer de mim o que hoje sou

Foi preciso esquecê-la, agora eu sei

Se quiseres voltar não deixarei

Se pedires perdão eu não te dou

Mas eu sei que não posso me encontrar

E assim não poderei me condenar

Pela frase de amor que eu não falei

Me condeno se um dia a encontrar

Sem poder para ela confessar

Tanto quanto um dia a amei

Sonho

Eu dormi por acaso e simplesmente

Sem querer Encontrei você ali

Como a bela mais bela que já vi

Em um sonho trazido Presente

Meu amor declarei solenemente

Mil palavras não pude te dizer

Perguntei como fui perder você

E a resposta um sorriso tão somente

E assim como em sonho é comum

O nós dois de repente era só um

És pecado, mas vou te procurar

E se preciso for vivo dormindo

Pelas ruas dos sonhos te seguindo

Com a certeza de um dia te encontrar

Cantigas e Cantos