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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Música: TOM JOBIM Vanessa da Mata canta Tom Jobim no Parque Dona Lindu

O projeto Nívea Tom Jobim será visto em apenas seis capitais

 "A gente não tem ideia do que é Tom Jobim. Foram cem mil pessoas no show no Farol da Barra, em Salvador, quando começa a cantar todo mundo canta junto. Ele é muito mais popular do que qualquer coisa que se imagine”, o arroubo é da cantora Vanessa da Mata, sobre a turnê Nívea Viva Tom Jobim, que ela apresenta domingo, às 17h30, no Parque Dona Lindu, com entrada franca. Como o nome indica, ela está cantando um repertório dedicado a Tom Jobim, um projeto patrocinado pela Nívea que, no ano passado, realizou o projeto Nívea Elis, com a cantora Maria Rita (que também se apresentou no Parque Dona Lindu). Apenas seis cidades receberam o privilégio de assistir a Vanessa da Mata cantando Tom Jobim: Rio (onde aconteceu a estreia para convidados), Salvador, Recife, Brasília, Porto Alegre e São Paulo.
Vanessa da Mata, por coincidência vinha de um projeto pessoal e assemelhado, Lua cheia de baião, de 2012, com que celebrou o centenário de Luiz Gonzaga: “Com aquele show entrei em outro caminho na minha carreira. Até então nunca tinha feito um show cantando um único autor, até incluía uma música ou outras. Pensei em gravar o repertório, em ir pra rua com o show, mas estava com um disco autoral pronto, quando veio o convite da Nívea para cantar Jobim, arquivei o o disco. Não sei quanto retorno a ele”, comenta a cantora, em entrevista por telefone.


O trabalho como desafio, começando pela seleção do repertório, o que pinçar no meio da caudalosa e preciosa obra do maestro? “A sensação que meio veio era a de que tudo que ele fez é indispensável. Escolhi 150 músicas. Kassin chegou com outras tantas. Acabamos ficando com a seleção de Monique Gardenberg (diretora do espetáculo), bem parecida com a minha lista”, diz Vanessa.
Ela garante que não se preocupou muito com um outro desafio em cantar Tom Jobim. Muitas das canções tinham recebido interpretações senão definitivas, mas antológicas. Elis Regina, por exemplo, tem entre os clássicos de sua discografia o álbum Elis & Tom, em que imprimiu seu talento a canções como Águas de março ou Chovendo na roseira: “O desafio era bom por isso. Tom é um dos compositores mais gravados do mundo, depois dos Beatles. Até alguns anos, Garota de Ipanema era a música mais executada do mundo, só perdia para os Beatles. Mas Tom era apenas um, e os Beatles quatro”, brinca a cantora.
Ela comenta que nem pensou nas grandes gravações que a música de Tom Jobim recebeu: “Não ia ter medo desta situação, senão nem entraria. Ou se sentisse que não estava acrescentando nada com a minha interpretação. É difícil escolher uma preferida de Tom, mas acho que no repertório uma das que mais me tocou foi Sabiá, acho que nossa versão ficou muito boa”.
Antes da Vanessa da Mata cantora de sucesso, veio a compositora, que começou emplacando música em disco de Maria Bethânia, A força que nunca seca (parceria com Chico César), que deu título ao álbum da baiana..
Vanessa afirma que entre suas maiores influências como autora está Tom Jobim: “A forma como ele descrevia a mulher, com muita poesia, melodias aparentemente simples. Muitas canções são tristes, mas no final ela se superam. É a poesia servindo a música, sem egocentrismo, e arranjos lindos”. Muitos dos arranjos de Tom Jobim foram assinados pelo pianista carioca Eumir Deodato, há anos morando na Califórnia.

Deodato veio dos Estados Unidos para arranjar novamente canções do maestro, desta vez para Vanessa da Mata: “Ele um maravilhoso arranjador de cordas. Ele até tocou com a banda na première do show, no Rio. Foi uma convivência muito boa, porque ele sabia muitas histórias de Tom, os dois foram para os Estados Unidos na mesma época. Foram feitas umas mudanças nos arranjos, no começo ou no final. A minha geração acrescentou timbres, coisas que Eumir não ouvia muito. As vezes ele não queria, mas acabava sendo convencido, e adorando”.
Nada de mexida radical, claro. Um toque de bolero em Eu sei que vou te amar, ou uma gonzaguiada em Samba de uma nota só, em que um baião se insinua no comecinho da música. As canções de Tom Jobim são emolduradas por pequeno filmes, projetos em telão, criados por Monique Gardenberg. Para Wave, cenas Sophie Charlotte no calçadão de Copacabana, num clima anos 1960. Sabiá, canção do exílio, feita durante a ditadura militar, é cantada, tendo ao fundo cenas dos conflitos de rua em 1968.

José Teles

JC

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