sábado, 6 de abril de 2013

MÚSICA / SHOW: Teatro Guararapes » Milton Nascimento faz show em comemoração aos 50 anos de carreira

Turnê comemora os 50 anos de carreira do cantor. Foto: Nando Chiappetta/DP/D.A Press

 Uma longa estrada resumida em menos de duas horas de espetáculo. Milton Nascimento cantou momentos da vida e carreira no show Uma travessia, que circula o país e foi apresentado no Teatro Guararapes na noite de sexta-feira. O artista carioca, que reside há anos em Minas Gerais, adentrou no palco às 22h. Com passos curtos, surgiu cantando Bola de meia, bola de gude, parceria com Fernando Brant. Em seguida, apresentou o primeiro convidado da noite.

"Wagner Tiso foi o primeiro com quem cantei na noite. Quando perguntam onde a gente aprendeu a tocar, respondo que a grande escola foi a noite. Eu, com 14 anos. E ele, com 12", recordou Milton sobre o início da parceria musical com o pianista e compositor, antes de apresentar Nos bailes da vida. O espetáculo é de celebração. Comemora os 50 anos de carreira de Milton Nascimento, os 45, da música Travessia e os 40, do Clube da Esquina.

Milton, Wagner e banda ainda entoaram músicas como Vera cruz e Viola violar. Em um momento solo, Wagner Tiso emocionou o público com Eu sei que vou te amar. Na ocasião de "brinde" à vida, Milton prestou homenagem à mãe. A letra foi dispensada. Restou à melodia sintetizar a "beleza daquela mulher".

O segundo convidado da noite apareceu cantando Clube da Esquina 2, música marcante e que acompanha gerações. Lô Borges e Milton emocionaram o público pernambucano, como fizeram em 2009 no Coquetel Molotov. Cantaram sucessos do Clube da Esquina e da carreira, como Lá se vai mais um dia, Resposta (Skank) e Para Lennon e McCartney. Sem Milton, Lô Borges cantou Trem azul e Um girassol da cor de seu cabelo. Para encerrar, os convidados voltaram ao palco no bis, numa sequência que contemplou Nada será como antes, Coração de estudante e Travessia.

Logo no início do show, Milton escorregou no violão, recomeçou e foi aplaudido. A voz pode até não ser a mesma, mas o artista ainda brilha com os "mil tons geniais". O público era numeroso, mas não chegou a lotar o local. A abertura ficou por conta do jovem pianista e compositor Zé Manoel, de Petrolina, que encantou a plateia com a suavidade vocal e encheu o palco de poesia.


Fernanda Guerra - Diario de Pernambuco

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