"Wagner Tiso foi o primeiro com quem cantei na noite. Quando perguntam onde a gente aprendeu a tocar, respondo que a grande escola foi a noite. Eu, com 14 anos. E ele, com 12", recordou Milton sobre o início da parceria musical com o pianista e compositor, antes de apresentar Nos bailes da vida. O espetáculo é de celebração. Comemora os 50 anos de carreira de Milton Nascimento, os 45, da música Travessia e os 40, do Clube da Esquina.
O segundo convidado da noite apareceu cantando Clube da Esquina 2, música marcante e que acompanha gerações. Lô Borges e Milton emocionaram o público pernambucano, como fizeram em 2009 no Coquetel Molotov. Cantaram sucessos do Clube da Esquina e da carreira, como Lá se vai mais um dia, Resposta (Skank) e Para Lennon e McCartney. Sem Milton, Lô Borges cantou Trem azul e Um girassol da cor de seu cabelo. Para encerrar, os convidados voltaram ao palco no bis, numa sequência que contemplou Nada será como antes, Coração de estudante e Travessia.
Logo no início do show, Milton escorregou no violão, recomeçou e foi aplaudido. A voz pode até não ser a mesma, mas o artista ainda brilha com os "mil tons geniais". O público era numeroso, mas não chegou a lotar o local. A abertura ficou por conta do jovem pianista e compositor Zé Manoel, de Petrolina, que encantou a plateia com a suavidade vocal e encheu o palco de poesia.
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