Seguidores

Para Que Vim


Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

MÚSICA / SHOW: Pessoal do Ceará >> 40 anos de histórias e canções

 A cantora Jord Guedes faz pré-estreia hoje de espetáculo em homenagem à geração de músicos cearenses

Jord Guedes pesquisou a trajetória musical de Rodger Rogério Foto: Viviane Gonçalves / Divulgação

Os ecos da geração de artistas que em 1970 mostrou a cara da música cearense ao País seguem ressoando na cena musical Estado. Quarenta anos depois da estreia em LP - marcada pelo disco lançado em 1973 por Rodger Rogério, Téti e Ednardo -, os artistas conhecidos desde então como o "Pessoal do Ceará" são homenageados hoje no espetáculo "Pessoal do Ceará 40 anos: uma divina comédia humana falando da vida", da cantora Jord Guedes.

O show de hoje é uma pré-estreia da homenagem que deve vir a publico formatada para grandes palcos no segundo semestre. Esta noite, a partir das 21 horas, no "Bar do Papai", Jord apresenta em versão semiacústica releitura de pérolas compostas pela geração. No palco, músicas de Fagner, Brandão, Fausto Nilo, Belchior, Augusto Pontes, Petrucio Maia e os já citados autores do disco de estreia. No ano marco de 1973, foram lançados os discos "Meu Corpo Minha Embalagem Todo Gasto na Viagem - O Pessoal do Ceará" (Continental), com Ednardo, Rodger e Teti; e, meses depois, "Manera Fru Fru Manera" (Philips), de Fagner.


O show é resultado da pesquisa de mestrado em história da cantora pela Universidade Estadual do Ceará. defendida no ano passado. A dissertação mergulha na trajetória e na produção de um dos expoentes mais originais daquela turma, Rodger Rogério.

"Nasci em 1973. Curtia esse povo de ouvir. Comecei a ler os livros sobre essa geração e me encantei. Na pesquisa, para falar do Rodger, eu precisei falar de todos", reforça Jord, sobre a admiração aos artistas.

Caririense, do Crato, ela completa 40 anos junto com a discografia que canta. Formada música pelo Curso de Extensão em Música da Universidade Federal do Ceará (UFC), a cantora participou de grupos como o Maracatu Vigna Vulgaris, em 2003, Camerata de Violões da UFC, em 2005 e Aracê, 2007. Atualmente, canta as loas do Maracatu Solar. Em carreira solo, ainda este ano, ela grava seu primeiro disco, "Traços", contemplado no Edital das Artes da Secretaria da Cultura de Fortaleza e Edital de Incentivo às Artes da Secretaria da Cultura do Ceará.

Hoje a noite, Jord é acompanhada por Catherine Furtado (percussão), Pedro Otávio (guitarra), Rafael Lima (baixo), Ricardo Pinheiro (percuteria), Victor Santiago (violão). Os músicos participaram do processo de concepção de arranjos, agregando influências diversas às versões originais. A versão completa do espetáculo contará com instrumental ampliado e vídeo-cenário de Henrique Dídimo, utilizando fotografias da época e capas de discos. Para este show, a artista/historiadora fez um recorte sobre a produção fonográfica dos artistas na década de 1970.

Repertório

"Quando a gente fala de 40 anos de carreira, tem que ter claro que tem muito mais de carreira musical. Na década de 1960, eles já tinham participação no mercado local, nos festivais. E até hoje continuam produzindo, compondo e gravando. O que acontece em 1970 é o início dessa maior proximidade com o mercado fonográfico", explica.

Do repertório, foram selecionadas canções como Dorothy Lamour, a segunda escrita por Fausto Nilo, parceria com Petrúcio Maia, que Ednardo gravou em 1974 no LP "Romance do Pavão Misterioso", "Lupicínicas", também de Petrúcio, parceria com Augusto Pontes, "Cebola Cortada", de Petrúcio com Clôdo, que ficou conhecida na voz de Fagner e chegou a ser gravada por grupos como o MPB4.

"Selecionei músicas gravadas até o disco "Equatorial", primeiro disco solo da Teti, de 1979, do qual tiramos a música "Barco de Cristal", uma linda parceria do Fausto Nilo, Rodger e Clôdo. Entre as tiradas dos primeiro registros, está "Sorry, Baby", do Belchior, lançada em compacto em 1973", adianta a cantora, sobre o fio condutor desta noite.

Do LP marco dos 40 anos, "Meu Corpo Minha Embalagem Todo Gasto na Viagem", foram retiradas "Terral" (Ednardo), "Palmas para dar Ibope" (Ednardo / Tânia Araújo) e "Cavalo Ferro" (Fagner e Ricardo Bezerra), esta gravada também em 1972 em compacto duplo por Fagner e, em 1973, em "Manera Fru Fru Manera".

Pesquisa

Centro da pesquisa da cantora, a música de Rodger Rogério terá um lugar de destaque no estpetáculo. Entre as selecionadas estão "Retrato Marrom", parceria com Fausto Nilo), "Beco da Noite", com Pepe e "Ponta do Lápis", com Clôdo. "Porque o Rodger? Pela singularidade de sua carreira e a pluralidade de sua música. Ele é plural quando se apropria de vários elementos em sua composições, tocou baixo acústico, violão, foi influenciado pela bossa, mas também marcado por boleros que ouviu na infância. Tudo isso se mistura na música dele. E é singular, porque a trajetória dele foi diferente, por ter carreira paralela, por nunca ter se desligado da universidade", justifica.

Batizada de "O fazer musical de Rodger Rogério: o singular e o plural do Pessoal do Ceará", a tese investiga desde a iniciação musical do artista, sua adolescência, passando pela viagem à Brasília, onde atua como professor universitário, até sua estreia no mercado fonográfico, em São Paulo, onde grava seus primeiros discos. Jord analisa ainda os reflexos de todos estes elementos nas composições de Rodger.

"O trabalho do Rodger deve ser mais divulgado. Tem músicas belíssimas e com uma riqueza incomum. Você escuta, na musica dele, tango, fado, foxtrot, é muito plural", reforça a artista.


FÁBIO MARQUES  (REPÓRTER)
Diário do Nordeste

Nenhum comentário:

Postar um comentário