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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

MÚSICA: O maestro Tom Jobim por elas

Interpretação de Vanessa da Mata das músicas de Tom Jobim para celebrar 50 anos do primeiro álbum dele resgata uma relação íntima do compositor com as divas
Vanessa da Mata e Maria Bethânia uniram às vozes em tributo ao maestro. Crédito: Jaqueline Machado/Divulgação

Todas cantam Tom Jobim. As composições do carioca soam perfeitamente na voz feminina: desde a doçura de Gal Costa até a força de Ella Fitzgerald, passando por Marisa Monte e pela emoção interpretativa de Elis Regina. Vanessa da Mata fez bonito na estreia do projeto Nivea Viva Tom (que celebra os 50 anos em 2013 do primeiro álbum dele, The composer of Desafinado, Plays), em sessão para convidados nesta terça-feira, no Vivo Rio, na capital fluminense. Afinada e à vontade, a mato-grossense entoou repertório de clássicos, com participação especial de Maria Bethânia e Wagner Tiso.

Mas não foram tantas as que tiveram o prazer de gravar com Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim (veja info). Até Maria Bethânia, queridinha de Chico Buarque, Vinicius de Moraes e, claro, do irmão Caetano Veloso, ficou de fora das gravações oficiais com Tom. Ele nunca participou de um álbum da baiana. Ela nunca foi convidada para um disco dele, embora tenha se consagrado como uma de suas principais intrépretes, especialmente nas parcerias com Vinicius e Chico Buarque.

Vanessa da Mata preparou uma homenagem pouco emocionante, mas tecnicamente inquestionável para um dos principais compositores brasileiros no projeto Nivea Viva Tom. Muito à vontade, a cantora fez show de lançamento para convidados. A cereja do bolo foi a participação de Maria Bethânia e Wagner Tiso. Elas fizeram dueto em Chega de saudade e a baiana cantou ainda Dindi, Modinha e Se todos fossem iguais a você.

As 24 músicas do repertório, escolhidas a partir de uma lista de 60 elaborada pela curadora Monique Gardenberg, é cheio de hits e parcerias com Dolores Duran, Vinicius de Moraes e Chico Buarque. Wave, Desafinado, Samba do avião, Sabiá e outras que certamente serão acompanhadas pelo público. Destaque para as interpretações de Samba de uma nota só, quando flertou com o público, Só tinha de ser com você, com direito a um assobio arriscado, hábito do maestro, e O que tinha de ser, na lapela. A série de show gratuitos estreia para o público em Salvador, no dia 21, e chega no Parque Dona Lindu no dia 28

AS MENINAS DO TOM


Elis Regina

A Pimentinha Elis Regina ficou marcada como a voz feminina de Tom. Roubou-lhe para sempre Águas de março, uma das faixas do  primoroso Elis e Tom (1974), com composições dele com Vinicius de Moraes, Chico Buarque e Aloysio de Oliveira. Mas as personalidades fortes dos dois batiam de vez em quando. O disco comemorava os 10 anos de carreira de Elis, idealizado por André Midani, diretor da Philips à época, e foi gravado em Los Angeles, onde o maestro morava. No livro Histórias de canções - Tom Jobim, Wagner Homem e Luiz Roberto Oliveira contam que Tom fez cara feia quando soube que os arranjos ficariam a cargo de Cesar Camargo Mariano, então marido de Elis. E Elis até pensou em abandonar o projeto e voltar para o Brasil, de acordo com Furacão Elis, de Regina Echeverria.

Miúcha

Miúcha, irmã de Chico Buarque, é a recordista, com três discos em parceria com Tom. No primeiro, em 1977, ele apenas cederia as canções Samba do avião e É preciso dizer adeus, parceria com Vinicius. Mas o maestro se empolgou com o projeto, participou dos ensaios e das gravações, fez arranjos, cantou e ainda tocou. Enfim, ganhou o nome do título do disco, Miúcha & Antonio Carlos Jobim. No mesmo ano, os dois, Vinicius de Moraes e Toquinho dividiram o palco do Canecão durante oito meses, em show registrado em Tom, Vinicius, Toquinho e Miúcha. O terceiro, Miúcha & Tom Jobim (1979), tem participações de Oscar Castro Neves e o baixista Ron Carter.

Dolores Duran

Dolores Duran foi uma das poucas parceiras de composição. São deles Se por falta de adeus, Estrada do Sol e Por causa de você, melodia previamente prometida a Vinicius de Moraes. Há duas versões para o surgimento da música. Em uma, ela teria rabiscado os versos quando ouviu pela primeira vez e somente depois soube da letra do Poetinha. Na outra, Dolores reprovou o resultado, refez e até conquistou o aval do colega, famoso por ser ciumento.

Nara Leão

Em clima de confraternização, Tom Jobim foi um dos convidados de Nara Leão no disco Os meus amigos são um barato (1977). Eles cantaram juntos Fotografia, no álbum que tem ainda Dominguinhos, Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Erasmo Carlos, entre outros. Outro momento entre amigos foi Caymmi visita Tom Jobim (1965), em que o baiano Dorival Caymmi convidou os filhos Danilo e Dori e a filha Nana.

Elizabeth Cardoso

No início da carreira, quando surgia a bossa nova, Elizeth Cardoso foi escolhida como intérprete do álbum Canção do amor (1958). Era o primeiro encontro entre o piano de Tom, as letras de Vinicius e o violão do baiano João Gilberto. No ano seguinte, Sylvinha Telles lançou Amor de gente moça, com 12 faixas de autoria de Tom Jobim. Outras intrépretes queridas foram as meninas (assim eram chamadas) do Quarteto em Cy. Na voz delas, ele e Chico Buarque venceram o 3º Festival da Canção, com Sabiá.

Helô Pinheiro

A grande parceira musical de Tom Jobim, na verdade, foi uma tal (até ser descoberta por Vinicius e Tom) Helô Pinheiro. Não como intréprete, mas como musa inspiradora de Garota de Ipanema. Com a homenagem à bela carioca, ele e Vinicius de Moraes atingiram o posto de música brasileira mais interpretada de todos os tempos, recorde ainda distante de ser superado. Além da versão clássica de The girl from Ipanema, de Frank Sinatra, com quem o maestro gravou o LP Francis Albert Sinatra & Antonio Carlos Jobim (1967), a garota de Ipanema conquistou musicalmente as cantoras Norman Gimbel, Ella Fitzgerald, Sarah Vaughan, Anita O'Day, Nancy Wilson, Stephane Grappeli e até Amy Winehouse, no álbum póstumo Lioness: Hidden treasures (2011).

Diário de Pernambuco

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