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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Música: Novos ares para o chorinho pernambucano

Hoje, quem vê o Conservatório Pernambucano de Música com oficinas e reuniões em celebração ao chorinho, não imagina que há mais de 30 anos o gênero não tinha espaço no local. Com aulas que se restringiam apenas ao estudo da música erudita, a introdução da música popular no contexto didático foi feito com árdua luta.
Quando perguntado sobre a nova geração de chorões recifenses, o professor Marco Cesar logo desatou a explicar. "Outro dia fizeram uma reportagem sobre os adolescentes que tocam choro, de onde eles vêm e de onde surgiram, mas não ficou muito claro. Parecia que havia caído uma chuva de choro na cabeça dos meninos e ele saíram ‘tudo’ tocando", brinca.
A relação que Marco Cesar tem com o Conservatório e a música popular já chega aos 30 anos. Foi no final da década de 70 que o próprio insistiu para que fosse instaurado na escola um curso de Música Popular Brasileira. "Quando eu era estudante do Conservatório ouvia umas fitas Philips de rolo com mensagens gravadas por Jacob do Bandolim, que meu pai trazia. Nas mensagens fonadas, Jacob incentivava o estudo. Ele tocava algum choro novo dele e depois dizia: o choro é muito bonito, estudem a música popular", conta.
Apesar de não acreditar na resistência do choro através das décadas (Jacob havia dito em certa entrevista ao Museu da Imagem e do Som em São Paulo que o gênero não duraria dez anos), o músico fazia questão de gravar suas canções, seguidas de um apelo que instigava aquela geração a conhecer o choro.
O cavaquinista João Paulo Albertim encara as rodas de choro como uma escola
E assim foi feito. Ainda estudante do CPM, Marco César tocou em orquestra para provar que era um músico completo e que, sim, valia a pena ensinar a música popular no Conservatório. Então, ainda estudante se tornou professor e hoje é referência para os alunos que aprenderam com ele.
 O cavaquinista João Paulo Abertim é um deles. Um dos nomes da nova safra de chorões recifenses, ele personifica a resistência e valor do gênero no cenário musical pernambucano atual. Em 2011, o músico lançou seu primeiro CD, intitulado Toca Pernambuco. O disco, que conta com a direção musical de Marco Cesar, foi classificado como um dos pré-selecionados para o Prêmio da Música Brasileira 2013.
"Desde garoto, ao ouvir as gravações dos meus ídolos no cavaquinho - Waldir Azevedo, Henrique Cazes, Jacaré do Cavaquinho - tinha o sonho de conseguir gravar meu CD solo desse instrumento. É um grande trabalho de pesquisa. Para conceber o disco foram necessários mais de dois anos", conta. João paulo explica ainda que o intuito era criar um trabalho que fizesse uma contribuição ao cavaquinho, indo além do comercial.
Vinícius Sarmento também optou pela música popular quando começou a estudar no CPM. O violonista já era cercado pelo ambiente de choro antes mesmo de nascer, já que sua família mantém a tradição nos encontros e reuniões familiares. "Quando comecei a tocar, meu pai me falou da importância que tinha o choro na formação de um instrumentista", explica. Vinícius optou pelo violão de 7 cordas, e a partir do conselho de seu pai cultivou a intimidade com a linguagem antes mesmo de adentrar na didática do instrumento.
"Na minha escolha pelo violão de 7 cordas, meu tio Bozó e Raphael Rabello tem igual importância", pontua Sarmento. Segundo ele, a influência de Bozó 7 cordas em sua carreira se deu não só pela proximidade, mas também por estar diante de um grande instrumentista. Já Raphael o arrebatou com seus discos: "me deu uma vontade imensa de um dia tocar daquela forma", contou.

Embora a tradição do choro se firme a cada dia no cenário musical pernambucano, ainda se faz necessário que o gênero seja apresentado aos instrumentistas da nova geração, para que a safra de chorões se multiplique a cada dia, perpetuando a transmissão dos valores da música instrumental. Para isso, o incentivo de entidades como o Conservatório Pernambucano de Música é fundamental.
Atividades - Em comemoração ao Dia do Choro, festejado na última terça-feira (23), o Conservatório Pernambucano de Música (CPM) promove deste sábado (27) até a segunda-feira (29) oficinas para instrumentistas profissionais e amadores. No último dia do evento, participantes e professores apresentarão o resultado dos estudos realizados.
Oficinas de bandolim, cavaquinho, instrumentos de sopro e percussão, canto e prática de conjunto serão lecionadas pelos professores da instituição, grandes chorões pernambucanos. Confira a programação:


Dia 27 e 28 
Oficinas
Horário: 09h às 12h e 13h às 16h
Violão 6/7 cordas: Alex Sobreira
Bandolim e Cavaquinho: Moema Macedo
Instrumentos de sopro: Adilson Bandeira
Instrumentos de Percussão: Tadeu Júnior
Canto: Dalva Torres
Prática de conjunto (tarde): Mauricio Cezar
Dia 29
Roda de choro participantes das oficinas
Horário: 16h
Local: Palco Para Todos
Encerramento - Apresentação dos Professores e Convidados
Convidados: Arthur Philipe – cantor
Mozart Ramos – Flautista
Roque Neto – trompetista
Rogério - baterista
Marquinhos FM - baixista

SERVIÇO
Dia Nacional do Choro CPM - 2013
Local: 
Conservatório Pernambucano de Música (Av. João de Barros, 594. Boa Vista – Recife)
Entrada Gratuita
Inscrições: Secretaria do Conservatório até esta sexta-feira (26).
Informações: 3183-3400 ou www.conservatorio.pe.gov.br
Karol Pacheco, do FolhaPE

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