Músico que tocou em Woodstock não resistiu a um infarte
Em foto de 2008,
Richie Havens toca na cerimônia de abertura do Festival de Cannes Jeff Christensen / AP |
RIO - Richie Havens morreu nesta segunda-feira, aos 72
anos, de um ataque do coração, segundo comunicado divulgado pela família.
O músico nasceu no Brooklyn, em Nova
York, em 1941. Depois de experiências amadoras com grupos de gospel na
adolescência, ele começou a se tornar conhecido ao se apresentar, no formato
voz e violão, em bares de folk no Greenwich Village nos anos 1960. Seu estilo
logo chamou a atenção de Albert Grossman, então empresário de Bob Dylan, que o
levou para a gravadora Verve, por onde debutou em 1967, com o disco “Mixed
bag”.
Dois anos depois, ele fez no festival
de Woodstock o show que marcaria para sempre a sua carreira. Por causa de um
atraso na programação, ele teve que alongar sua apresentação, cantando por mais
de três horas. Uma das músicas, “Motherless child”, acabou incluída no filme
oficial do festival, imortalizando a sua imagem, numa performance que levantou
o público.
Havens manteve sua carreira em
atividade nas décadas seguintes, divulgando temas como a ecologia, chegando a
se apresentar na Casa Branca, durante a posse do presidente Bill Clinton, em
1993. Em 2000, ele teve uma música, feita em parceria com o grupo inglês Groove
Armada, incluída na trilha-sonora do filme “Colateral”, estrelado por Tom
Cruise. Em 2007, fez uma participação no filme “I´m not there”, sobre a vida de
Bob Dylan. Em 2008, Havens apresentou-se na abertura do Festival de Cinema de
Cannes, a pedido do presidente do júri, o ator Sean Penn. No ano seguinte,
voltou a Woodstock, durante as celebrações pelos 40 anos do evento.
O Globo
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