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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

FÃ DE CARTEIRINHA >> Mais que uma amiga do rei

AMIZADE Assistente social Josáurea Martins conhece Roberto Carlos há 35 anos e conseguiu o que muita fã queria: ser confidente de RC


Há mais de 35 anos, a assistente social Josáurea Martins está na primeira fila dos shows / Ricardo B. Labastier

Não teve pra ninguém naquele nem tão inocente final de 1977. Enquanto as guitarras do rock gringo avançavam na música brasileira, Roberto Carlos engolia os andares da parada impondo um sucesso atrás do outro. Mais um de seus aguardados discos anuais, o vinil da vez tinha, entre as faixas, nada menos que Cavalgada, Jovens tardes de domingo, Pra ser só minha mulher e, hino extraoficial do ano, Amigo, aquela que botou o País para cantar "Você, meu amigo de fé, meu irmão camarada(...)" com uma devoção que só se vê em Copa do Mundo.
Naquele mesmo ano, o convite para a formatura das 44 moças do curso de Serviço Social trazia o nome de Roberto Carlos Braga como homenageado. Começava, então, uma das mais longevas relações entre o rei da indústria fonográfica nacional e uma de suas fãs. Aos 63 anos, amiga de Robertão há 35, Josáurea Martins de Alcântara, assistente social e grouppie superlativa, é a amiga pernambucana do rei. Hoje, comemora de maneira especial o aniversário do interiorano da cidade capixaba de Cachoeira de Itapemirim que já vendeu mais de 120 milhões de discos. Na era do download e da pirataria, o homem que fecha dezembro na TV já fez mais de dois milhões de pessoas comprarem o disquinho em que ele afirma ser o cara. Aos 71 aninhos (oficiais), Roberto ainda é rei. "Acho que vou ligar para ele. Mas devo, em sua homenagem, ir à missa. Depois que Maria Rita morreu, perdemos mais o contato. Ele já não liga como antes", diz ela, lembrando que, nas últimas turnês, não foi o próprio rei, mas seus assessores próximos que ligaram lhe oferecendo a costumeira mesa na primeira fila dos shows. "Era muito bom quando os shows aconteciam no Geraldão. Os camarotes eram grandes, às vezes eu ocupava dois", lembra ela, que mais que uma fã, é confidente do rei.

Alucinadas pelo expoente mor do iê, iê, iê, as colegas de turma de Josáurea pretendiam rechear o repertório da missa de formatura com sucessos religiosos do cantor como Montanha.O dono de uma loja elegante do Espinheiro, amigo de RC, acabou por intermediar um encontro entre a turma e o ídolo.
No dia 6 de dezembro de 1977, estavam todas aboletadas para uma tarde de autógrafos na suíte presidencial do Grande Hotel, bairro de São José, onde hoje funciona o Fórum Tomaz de Aquino. "Ele pegou o violão e cantou Olha, e mandou buscar uma torta para a gente. Tirei seis fotos dessa tarde e, tu acredita (sic)?, que só tenho uma! As bandidas da minha turma pediam emprestado e sempre voltava o álbum faltando uma", ri.
No final do encontro, como RC não se mostrasse disposto a despedir-se, ele se aproximou da jovem de 27 anos e pediu que ela voltasse ao hotel no dia seguinte. "Segurou minha mão e pediu que eu ligasse em uma hora que ele deixaria passar minha ligação. Foi uma tarde maravilhosa", diz ela, lembrando do início do ciclo. "Nesse dia, quase perco a hora para entregar meu trabalho de conclusão de curso". Todos os anos, quando vinha ao Recife, Robertão a recebia no hotel e lhe reservava lugar especial nos shows.
"Hoje, a gente só se vê nos camarins", diz ela, atestando que, embora supersticioso, o bom humor de RC é fato tão concreto como a perna mecânica do cantor. "Quando levei minha filha para conhecê-lo melhor, no camarim, entrei brincando. Disse: ‘Nem adianta pedir DNA, tá aqui sua filha!’. RC, lembra ela, emoldurou as bochechas da moça com as mãos e, riso aberto, soltou: "Não é que é minha cara!".
Antiga assistente de Dom Helder Câmara e do Hospital da Tamarineira, onde lidava com doentes psiquiátricos, ela ficava horas contando sua rotina para o rei. "Ele pedia alguns conselhos. Gostava mesmo era que eu falasse da minha vida. Dizia que eu já saia muito da dele" diz.
Uma vez, na década de 1980, a filha do comerciante José e da dona de casa Áurea mandou, por um amigo em comum, um curió de presente para Roberto. "Deu um trabalho danado para conseguir a tal licença, o bicho ainda se soltou e voou dentro do avião", lembra, às risadas. "Não sei mesmo porque ficamos amigos, acho que estava escrito nas estrelas".


Bruno Albertim - JC Online

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