José Adalberto Ferreira (Zé
Adalberto), nascido no sítio Juá, Município de Itapetim
– PE, em 25 de junho de 1962, é filho do casal Odon Ferreira Campos (Odon
Preto) e Maria Xavier de Souza (Mãezinha) sobrinha do folclórico Severino
Cassiano Pereira (Biu Doido).
. Zé Adalberto casou – se com Maria José
Ferreira de Souza, com quem tem dois filhos: Ítalo e Izabela Taise.
Estudou o primário no Grupo Escolar do Logradouro,
o Ginásio e 2° Grua no Colégio Municipal de Itapetim.
. Zé Adalberto não é cantador de profissão.
Até os 25 anos de idade foi agricultor e, desde 1985, é funcionário público, na
função de Auxiliar de Serviços Educacionais, lotado no Grupo Escolar Tereza
Torres – Itapetim – PE. Mas é poeta, tendo muitas de suas poesias publicadas em
diversos livros coletâneas (Antologias). Também já participou de vários
festivais de cantadores, regionais e nacionais, tendo sido premiado com várias
medalhas e troféus, como, por exemplo, o 1° lugar no festival de poetas
Amadores, promovido pela Prefeitura Municipal de Itapetim, no Espaço Cultural
Rogaciano Leite, fazendo dupla com o poeta Fernando Emídio, do sítio Prazeres,
Município de Itapetim.
Muitos versos de Zé Adalberto foram publicados em
livros coletânea e o ano passado publicou um livro sozinho, intitulado “No
caroço do Juá” (Cf. FERREIRA, 2005, 174p). Além disso, muitos de seus versos
foram gravados em CDS de cantorias, como por exemplo, as canções “Órgão de Mãe” e ”Seu
corpo é meu pecado” no CD da dupla Rogério Menezes e Raimundo Caetano, em 1998. No ano seguinte, em 1999, uma das
supracitadas canções “Seu
Corpo é Meu Pecado“ e a canção “Desabafo de Sertanejo” foram gravadas no Cd
“Alma de menino” dos Nonatos. Além disso, participou na faixa 7, intitulada “A Mulher”, do Cd “É feito de
fato”, da dupla Edmilson e Lisboa.
Dentre os trabalhos de Zé Adalberto,
destacamos as seguintes poesias contidas no seu supracitado livro:
.
Mãe
Ainda que eu transformasse em flores
Todas as palavras que me vem à boca
E um hálito com pétalas de todas as
cores
Formasse o seu nome, a graça “era”
pouca;
O seu cheiro sim, me consola as dores
Desde aquela época, qu’ eu usava touca
Mas mesmo que a ordem mudasse os
fatores
Seria só mágica, minha intenção louca;
Mãe, o seu amor é como um óleo santo
Que me unge a alma, todo o tempo,
tanto
Que já nem sei mais se algum Dia é seu!
Então, o que faço com as mãos vazias
Pra brindar as suas, se todos os dias
Você passa o dia dedicada ao meu?
.
De seu livro, o próprio Zé Adalberto
selecionei esta estrofe, a partir de vários motes, que vale a pena mostrar aqui:
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Pra que casa cercada por muralha
Se a cova é cercada pelo pranto
Se pra Deus todos têm do mesmo tanto
Tanto faz a fortuna ou a migalha
Pra que roupa de marca se a mortalha
Não requer estilista na costura
Se o cadáver que a veste não procura
Nem saber se a costura ficou boa
Pra que tanta riqueza se a pessoa
Nada leva daqui pra sepultura?
.
.
RETIREI SEU RETRATO DA CARTEIRA
SEM TIRAR SEU AMOR DO CORAÇÃO
SEM TIRAR SEU AMOR DO CORAÇÃO
.
Seu retrato foi todo incinerado
Mas até na fumaça deu pra vê-la
Não há nada que faça eu esquecê-la
Eu nem sei se por ela sou lembrado
Meu desejo está contaminado
Pelo vírus da sua sedução
Junta médica não faz intervenção
Se souber que a doença é roedeira
Retirei seu retrato da carteira
Sem tirar seu amor do coração.
Mas até na fumaça deu pra vê-la
Não há nada que faça eu esquecê-la
Eu nem sei se por ela sou lembrado
Meu desejo está contaminado
Pelo vírus da sua sedução
Junta médica não faz intervenção
Se souber que a doença é roedeira
Retirei seu retrato da carteira
Sem tirar seu amor do coração.
.
Esse meu coração só pensa nela
Apesar de bater no meu reduto
120 batidas por minuto
São as 20 por mim, e as 100 por ela
Eu com raiva rasguei a foto dela
Mas amor não se rasga com a mão
Se vontade rasgasse ingratidão
Eu só tinha deixado a pedaceira
Retirei seu retrato da carteira
Sem tirar seu amor do coração.
Apesar de bater no meu reduto
120 batidas por minuto
São as 20 por mim, e as 100 por ela
Eu com raiva rasguei a foto dela
Mas amor não se rasga com a mão
Se vontade rasgasse ingratidão
Eu só tinha deixado a pedaceira
Retirei seu retrato da carteira
Sem tirar seu amor do coração.
.
Seu veículo de amor ainda cabe
Na garagem do peito que era seu,
O chassi do seu corpo está no meu
Se eu tentar alterá-lo o mundo sabe
Não existe paixão que não se acabe
Mas amor não possui limitação
Vai além das fronteiras da razão
E o que eu sinto por ela é sem fronteira
Retirei seu retrato da carteira
Sem tirar seu amor do coração.
Na garagem do peito que era seu,
O chassi do seu corpo está no meu
Se eu tentar alterá-lo o mundo sabe
Não existe paixão que não se acabe
Mas amor não possui limitação
Vai além das fronteiras da razão
E o que eu sinto por ela é sem fronteira
Retirei seu retrato da carteira
Sem tirar seu amor do coração.
.
Da carteira eu tratei de dar um jeito
De tirar sua foto de olhos vivos
Mas não pude apagar os negativos
Que ficaram gravados no meu peito
Junto à lei nosso caso foi desfeito
A igreja anulou nossa união
Mas do peito não tive condição
De tirar esse amor por mais que eu queira
Retirei seu retrato da carteira
Sem tirar seu amor do coração.
De tirar sua foto de olhos vivos
Mas não pude apagar os negativos
Que ficaram gravados no meu peito
Junto à lei nosso caso foi desfeito
A igreja anulou nossa união
Mas do peito não tive condição
De tirar esse amor por mais que eu queira
Retirei seu retrato da carteira
Sem tirar seu amor do coração.
Assista ao Vídeo
José Adalberto
Imagens: Bernardo Ferreira
Itapetim.net
Se eu podesse me expressar sobre o que Zé Adalberto fala na poesia eu sempre ia escrever todos os dias a saudade que eu sinto de alguem que me deixou sem nem siquer me uma explicação com diz ele na poesia esta saudade ainda tenho dentro do peito, já que não posso falar o seu nome, pois eu sei que que ainda que eu, e ela queira não tem jeito, a poesia do zé que é meu sobrinho fala por mim, obrigado Zé, Deus te abençoe e abençoe. Agostinho.
ResponderExcluirZé Adalberto , parabéns por suas poesias são maravilhosas.
ResponderExcluirtoda vez que vejo essas poesias fico muito feliz é animado
ResponderExcluire tenho certeza que todos os poetas são por deus abençoados.
muito o brigado Zé Adalberto.