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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

sábado, 30 de março de 2013

POESIA: José Adalberto, "No caroço do juá"

José Adalberto Ferreira (Zé Adalberto), nascido no sítio Juá, Município de Itapetim – PE, em 25 de junho de 1962, é filho do casal Odon Ferreira Campos (Odon Preto) e Maria Xavier de Souza (Mãezinha) sobrinha do folclórico Severino Cassiano Pereira (Biu Doido).
. Zé Adalberto casou – se com Maria José Ferreira de Souza, com quem tem dois filhos: Ítalo e Izabela Taise.
Estudou o primário no Grupo Escolar do Logradouro, o Ginásio e 2° Grua no Colégio Municipal de Itapetim.
. Zé Adalberto não é cantador de profissão. Até os 25 anos de idade foi agricultor e, desde 1985, é funcionário público, na função de Auxiliar de Serviços Educacionais, lotado no Grupo Escolar Tereza Torres – Itapetim – PE. Mas é poeta, tendo muitas de suas poesias publicadas em diversos livros coletâneas (Antologias). Também já participou de vários festivais de cantadores, regionais e nacionais, tendo sido premiado com várias medalhas e troféus, como, por exemplo, o 1° lugar no festival de poetas Amadores, promovido pela Prefeitura Municipal de Itapetim, no Espaço Cultural Rogaciano Leite, fazendo dupla com o poeta Fernando Emídio, do sítio Prazeres, Município de Itapetim.
Muitos versos de Zé Adalberto foram publicados em livros coletânea e o ano passado publicou um livro sozinho, intitulado “No caroço do Juá” (Cf. FERREIRA, 2005, 174p). Além disso, muitos de seus versos foram gravados em CDS de cantorias, como por exemplo, as canções “Órgão de Mãe e ”Seu corpo é meu pecado” no CD da dupla Rogério Menezes e Raimundo Caetano, em 1998. No ano seguinte, em 1999, uma das supracitadas canções “Seu Corpo é Meu Pecado“ e a canção “Desabafo de Sertanejo” foram gravadas no Cd “Alma de menino” dos Nonatos. Além disso, participou na faixa 7, intitulada “A Mulher, do Cd “É feito de fato”, da dupla Edmilson e Lisboa.

Dentre os trabalhos de Zé Adalberto, destacamos as seguintes poesias contidas no seu supracitado livro:
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Mãe

Ainda que eu transformasse em flores
Todas as palavras que me vem à boca
E um hálito com pétalas de todas as cores
Formasse o seu nome, a graça “era” pouca;

O seu cheiro sim, me consola as dores
Desde aquela época, qu’ eu usava touca
Mas mesmo que a ordem mudasse os fatores
Seria só mágica, minha intenção louca;

Mãe, o seu amor é como um óleo santo
Que me unge a alma, todo o tempo, tanto
Que já nem sei mais se algum Dia é seu!

Então, o que faço com as mãos vazias
Pra brindar as suas, se todos os dias
Você passa o dia dedicada ao meu?
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De seu livro, o próprio Zé Adalberto selecionei esta estrofe, a partir de vários motes, que vale a pena mostrar aqui:
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Pra que casa cercada por muralha
Se a cova é cercada pelo pranto
Se pra Deus todos têm do mesmo tanto
Tanto faz a fortuna ou a migalha
Pra que roupa de marca se a mortalha
Não requer estilista na costura
Se o cadáver que a veste não procura
Nem saber se a costura ficou boa
Pra que tanta riqueza se a pessoa
Nada leva daqui pra sepultura?
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RETIREI SEU RETRATO DA CARTEIRA
SEM TIRAR SEU AMOR DO CORAÇÃO
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Seu retrato foi todo incinerado
Mas até na fumaça deu pra vê-la
Não há nada que faça eu esquecê-la
Eu nem sei se por ela sou lembrado
Meu desejo está contaminado
Pelo vírus da sua sedução
Junta médica não faz intervenção
Se souber que a doença é roedeira
Retirei seu retrato da carteira
Sem tirar seu amor do coração.
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Esse meu coração só pensa nela
Apesar de bater no meu reduto
120 batidas por minuto
São as 20 por mim, e as 100 por ela
Eu com raiva rasguei a foto dela
Mas amor não se rasga com a mão
Se vontade rasgasse ingratidão
Eu só tinha deixado a pedaceira
Retirei seu retrato da carteira
Sem tirar seu amor do coração.
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Seu veículo de amor ainda cabe
Na garagem do peito que era seu,
O chassi do seu corpo está no meu
Se eu tentar alterá-lo o mundo sabe
Não existe paixão que não se acabe
Mas amor não possui limitação
Vai além das fronteiras da razão
E o que eu sinto por ela é sem fronteira
Retirei seu retrato da carteira
Sem tirar seu amor do coração.
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Da carteira eu tratei de dar um jeito
De tirar sua foto de olhos vivos
Mas não pude apagar os negativos
Que ficaram gravados no meu peito
Junto à lei nosso caso foi desfeito
A igreja anulou nossa união
Mas do peito não tive condição
De tirar esse amor por mais que eu queira
Retirei seu retrato da carteira
Sem tirar seu amor do coração.

Assista ao Vídeo
José Adalberto 

Imagens: Bernardo Ferreira

Itapetim.net

3 comentários:

  1. Se eu podesse me expressar sobre o que Zé Adalberto fala na poesia eu sempre ia escrever todos os dias a saudade que eu sinto de alguem que me deixou sem nem siquer me uma explicação com diz ele na poesia esta saudade ainda tenho dentro do peito, já que não posso falar o seu nome, pois eu sei que que ainda que eu, e ela queira não tem jeito, a poesia do zé que é meu sobrinho fala por mim, obrigado Zé, Deus te abençoe e abençoe. Agostinho.

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  2. Zé Adalberto , parabéns por suas poesias são maravilhosas.


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  3. toda vez que vejo essas poesias fico muito feliz é animado
    e tenho certeza que todos os poetas são por deus abençoados.
    muito o brigado Zé Adalberto.

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