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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

domingo, 17 de março de 2013

MÚSICA / CINEMA: Thiago Mendonça dá corpo e voz a Renato Russo em longa sobre o líder da Legião Urbana

"Somos tão jovens', que recria a juventude do compositor, tem estreia prevista para 3 de maio.

Ao vivo. As performances de Thiago Mendonça como Renato Russo no filme de Fontoura foram registradas com som direto Foto: Terceiro / Divulgação

A música de Renato Russo (1960-1996) entrou na vida de Thiago Mendonça de forma indireta, ainda na infância, na voz de cantoras como Marina Lima (“Ainda é cedo”) e Cássia Eller (“Por enquanto”), que sua mãe costumava ouvir em casa. O contato com a obra do músico se aprofundou quando seu irmão mais velho, já entrando na adolescência, aprendeu a tocar violão e guitarra com revistas de música cifradas com canções da Legião Urbana. Mesmo naquela época, a relação com a obra do grupo era lúdica, basicamente.
— Lembro que lá em casa tinha uma fita cassete do disco “Que país é esse?”. Mas, como só tinha 8 anos, eu ouvia muito mais canções como “Eduardo e Mônica”, porque tinha uma levada mais divertida, contava uma historinha de amor, chamava bicicleta de camelo, essas coisas. Não tinha maturidade para alcançar as letras mais politizadas do Renato — lembra o ator fluminense de 32 anos, que dá corpo e voz ao líder do Legião em “Somos tão jovens”, de Antônio Carlos da Fontoura, longa-metragem que recria a juventude do compositor.
Thiago amadureceu, passou pela fase de identificação com as letras de tom desiludido e raivoso da Legião e continuou admirando, à distância, o efeito catártico das canções nas gerações que o sucederam. Quando o diretor de “A rainha diaba” (1973) o convidou para recriar os anos de formação de Renato, em Brasília, o ator desengavetou o pouco de familiaridade que guardava do músico e fez o impossível para se cercar de fontes que pudessem fornecer elementos sobre ele.
— Eu me lancei numa busca constante de me aproximar das pessoas, das coisas e dos lugares que eram caros ao Renato — conta Thiago, que fez questão de dar entrevista e tirar fotos para esta reportagem na livraria Leonardo da Vinci, no Centro, um dos endereços preferidos do músico no Rio. — Ele era um rato de livraria.
Antes mesmo do início da pré-produção de “Somos tão jovens”, que tem estreia prevista para 3 de maio, Thiago se enfurnou semanas a fio no estúdio de Carlos Trilha, produtor dos últimos discos de Renato e amigo íntimo do compositor, quando aprendeu a manejar instrumentos musicais. Quando a produção se instalou em Brasília, três meses antes das filmagens, Mendonça levou um violão, uma guitarra e um amplificador e transformou seu quarto no Hotel Nacional em uma espécie de templo ao personagem, cobrindo as paredes com fotos, pôsteres e textos que remetiam ao universo emotivo e intelectual do jovem Renato.
— Era uma referência direta ao próprio quarto que o Renato ocupou na casa de seus pais. No início do filme, há apenas algumas fotos nas paredes, mas com o passar do tempo ela fica inteiramente tomada por material iconográfico de bandas de rock estrangeiras — explica o ator, que fez do quarto de hotel uma extensão da vida no set. — Era um lugar onde eu não me desligava da história do Renato quando voltava das filmagens. Um ponto agregador, onde a equipe, os consultores e os atores se encontravam para tocar e cantar.

Domínio da voz

Auxiliado de perto por músicos que conviveram com o líder da Legião Urbana e pela família do artista — a mãe de Renato, Dona Carminha, e a irmã dele, Carmen Tereza, eram presenças constantes no set —, Thiago dominou seu personagem nos mínimos detalhes, dos gestos à fala impostada. A maior surpresa, no entanto, é o nível de aproximação da voz do ator com a de Renato, a ponto de a produção decidir gravar as performances do líder do Aborto Elétrico — sua primeira banda, de inspiração punk — com som direto, ao vivo.
—Talvez meu timbre seja bem próximo ao do Renato, em alguns momentos e tons. Sempre houve essa preocupação de buscar a similaridade vocal, de criar um desenho da evolução da voz dele, da fase mais aguda, na época do Aborto, até se tornar um trovador solitário, quando ela fica mais grave — recorda o ator, que interpretou o cantor sertanejo Luciano, sem precisar cantar, no filme “2 filhos de Francisco” (2005), de Breno Silveira. — Mas só me senti realmente satisfeito com minha performance vocal quando filmamos uma cena em que Renato canta “Fátima”, quando ele se apresenta pela primeira vez como Renato Russo. A verdade é que só me dei conta do que tínhamos alcançado quando pude assistir ao filme pela primeira vez, no fim da semana passada.

CARLOS HELÍ DE ALMEIDA
o gLOBO

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