Seguidores

Para Que Vim


Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

quinta-feira, 21 de março de 2013

CULTURA: Brasília >> Ariano Suassuna encanta público da Conferência Nacional de Desenvolvimento Regional

 / Foto: José Cruz/ABr
Ariano Suassuna encanta público da Conferência Nacional de Desenvolvimento Regional

Por cerca de uma hora, o escritor paraibano Ariano Suassuna prendeu a atenção do público durante palestra, nessa quarta-feira (20),  na 1ª Conferência Nacional de Desenvolvimento Regional, em Brasília. O autor de uma série de romances, entre eles Auto da Compadecida, valorizou a cultura brasileira, divertiu o público com histórias que viveu e ouviu pelo país e reivindicou o Brasil como berço de sua própria manifestação cultural.
“Os jesuítas trouxeram uma contribuição maravilhosa ao teatro, mas quando aqui chegaram, já encontraram o teatro. Já encontraram uma música, uma dança. A cultura brasileira vem de muito antes do ano de 1500”, disse à plateia, que teve a presença do presidente em exercício, Michel Temer, e dos ministros da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, e da Aquicultura e Pesca, Marcelo Crivella. A conferência tem por objetivo discutir a reformulação da Política Nacional de Desenvolvimento Regional.
O ocupante da Cadeira 32 da Academia Brasileira de Letras, 85 anos, tratou de uma série de assuntos, como religião, sua paixão pelo circo e o medo de viajar de avião, sempre com bom humor. “Uma vez, uma moça me recebeu no aeroporto e disse professor, a viagem foi boa?. Eu disse: minha filha, eu não conheço viagem de avião boa. Só conheço dois tipos de viagens de avião: as tediosas e as fatais. Avião é uma coisa tão ruim que a gente reza para a viagem ser tediosa”.
Suassuna mostrou fotos antigas de cantadores nordestinos e de uma cena de teatro indígena, com a riqueza cultural do país, muitas vezes esquecida, segundo ele. “Machado de Assis dizia que no Brasil existem dois países, o oficial e o real. Todos nós somos criados, formados e deformados pelo Brasil oficial. Mas a gente tem que olhar para o Brasil real. Foi o que fiz no Auto da Compadecida, olhei para a literatura do povo brasileiro e procurei me manter fiel a ela”.
Antes de encerrar, Suassuna criticou a falta de referência ao próprio país nas universidades. Lembrou que, ao falar para estudantes de nível superior, todos conheciam o filósofo alemão Immanuel Kant, mas ninguém conhecia Matias Aires, filósofo brasileiro e contemporâneo de Kant. “A universidade brasileira ensina de costas para o país e para o povo. Eles todos já ouviram falar em Kant, mas não em Matias Aires, o maior pensador de língua portuguesa do século 18. A gente não dá importância a um pensador da qualidade de Matias Aires”.
O escritor leu para o público um texto de Matias Aires: “Quem são os homens mais do que a aparência de teatro? A vaidade e a fortuna governam a farsa desta vida. Ninguém escolhe o seu papel, cada um recebe o que lhe dão. Aquele que sai sem fausto nem cortejo e que logo no rosto indica que é sujeito à dor, à aflição, à miséria, esse é o que representa o papel de homem. A morte, que está de sentinela, em uma das mãos segura o relógio do tempo. Na outra, a foice fatal. E com esta, em um só golpe, certeiro e inevitável, dá fim à tragédia, fecha a cortina e desaparece”.

Da Agência Brasil


Nenhum comentário:

Postar um comentário