Seguidores

Para Que Vim


Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Disco - Matuto Moderno reinventa a música caipira


Imagine uma mistura de Tião Carrero com Jimi Hendrix e um pouco de Led Zeppelin. É mas ou menos esta mistura que se escuta em Matuto Moderno 5, obviamente, o quinto disco da banda paulista Matuto Moderno (Folguedo, distribuição Trattore). Ricardo Vignini (viola caipira elétrica, cabacítara), Marcelo Berzotti (baixo), Edson Fontes (voz, catira e viola caipira), Ricardo Berti (bateria e percussão), Zé Hélder (voz, viola caipira, bandolim), e Carlinhos Ferreira (percussão), chegarm um novo rock brasileiro, mais ou menos como há duas décadas Chico Science & Nação Zumbi reprocessaram as manifestações musicais populares para criar uma música nova.
O grupo foi maturando sua sonoridade em discos individuais ou coletivos. Os violeiro Ricardo Vignini e Zé Helder certamente tiraram inspiração para o Matuto Moderno 5 do disco que gravaram juntos em 2011: Moda rock - viola extrema. O repertório da dupla é todo de clássicos do rock e metal pesado. Se nos discos anteriores do MM o rock se insinuava nas catiras, moda de viola, cateretês, folia de reis. O rock é a cobertura do bolo, de milho, claro.
Desde 2001, de Tom Zé e Rita Lee, lançada pelos Mutantes, esta é a experiência mais bem-resolvida de turbinar a música caipira, tão diluída pela proliferação sem limites de sertanejos pop redundantes. Um bom exemplo é Recorte de abater, com uma abertura assemelhada a We will rock you do Queen, uma catira que começa com percussão pesada, logo entram violas plugadas e não menos pesadas, e as vozes de Ricardo Vignini, Zé Helder e Edson Fortes (os dois últimos estreando no grupo).
Matuto Moderno 5 é em tudo um disco especial. Devido a compromissos de projetos solo, os integrantes da band decidiram gravar o álbum isolados, num sítio em Pedralva, onde não chegava sinal de celular, nem de Internet. As canções do álbum foram gravadas ao vivo, todo mundo ao mesmo tempo, sem overdubs, 12 horas por dias.
No início das gravações, o baque do falecimento do percussionista Mingo Jacob, um dos fundadores do grupo.
Topada, uma cateretê de Vignini e André Abujamra, é a música mais emblemática do álbum. “Pedra” é a palavra chave da letra. O grupo soube desviar das pedras n o caminho para chegar ao seu melhor disco (inclusive a pedra em que se viciou um integrante da trupe que estava no sítio), a pedra no rim do baixista, além de ter sido coincidentemente feito numa cidade chamada Pedralva. “Com pedra na sapato/com pedra no rim/com pedra lá no começo/com pedra no fim”. 
São dez faixas, todas autorais, com harmonia em três vozes, a riqueza dos muitos ritmos da música caipira, tão esquecido do resto do Brasil. O grupo mostra que não se precisa de tanta parafernália de estúdio, programações, loops etc, para se inovar.
Com produção de Alexandre Fontanetti, André Ferraz e Matuto Moderno, Matuto Moderno 5 é um dos melhores discos de 2013 (foi lançado no final do ano passado). Já se misturou, como foi lembrado, caipira com música urbana, rock, mas nunca com uma química tão perfeita


Assista o Vídeo : Música: Recorte de Abater


José Teles
Jornal do Commercio

Nenhum comentário:

Postar um comentário