Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.
Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.
Texto: Gilberto Lopes
Criador do Blog.
sábado, 23 de fevereiro de 2013
CULTURA POPULAR: Arte do Mestre Salú é preservada por seus herdeiros
Quinze filhos, nove mães e uma herança deixada pelo pai (a
única coisa em comum, aparentemente): a cultura popular. Na Cidade Tabajara, em
Olinda, a família Salustiano guarda as lembranças e o legado do Mestre Salú
como uma riqueza inesgotável e ao mesmo tempo mutável, que passa por gerações e
vai se mantendo em meio a um mundo cada vez mais pop. Nada de maneira fácil ou
simples, mas tudo sempre guiado pela lição número um de uma “cartilha”
patriarcal que reverbera até hoje: paixão pelo que faz. Acervo e memória que
estão prestes a ganhar um espaço fixo e serem reunidos no Centro de Referência
da Cultura Popular Mestre Salustiano.
Betânia, Cristiano, Dinda,
Moca e Maciel são cinco dos 11 herdeiros que dão continuidade aos grupos e à
tradição do Mestre (ainda há Cleiton, Gilson, Beatriz, Mariana, Manoel e
Pedro). Eles lembram bem dos ensinamentos – diretos e indiretos – que o pai
lhes passou e vão levando isso para as novas gerações. Filhos e netos de Mestre
Salustiano bordam golas de caboclos de lança, dançam, cantam, confeccionam e
tocam rabeca, além de dar aulas. “Ele nunca forçou a gente, mas nosso
divertimento sempre foi brincar”, lembra Maciel.
As imagens, os ensinamentos e as lembranças que os filhos
de Salú guardam na memória e no DNA aos poucos vão ganhando vida nos
depoimentos e nas cenas do documentárioFilhos do Mestre – o legado de Salú (o nome
ainda é provisório). O longa-metragem dirigido por Tiago Leitão (diretor do
premiadoVou estraçaiá,
sobre Luciano Todo Duro), com roteiro de Camerino Neto, está sendo filmado há
mais de um ano e deve ser lançado em 2014. Nele, a família Salustiano mostra
como a herança do rabequeiro famoso é mantida e repassada pelos seus filhos e
netos.
“A ideia de fazer esse filme partiu da minha loucura por
maracatu”, lembra Tiago. “A princípio, queríamos fazer um filme sobre os
herdeiros que não eram de sangue, a exemplo de Siba, Antônio Carlos Nóbrega,
Chico Science. Mas quando comecei a perceber o envolvimento dos filhos com a
cultura popular, mudei de ideia.”
O filme está orçado em R$ 650
mil e tem patrocínio de empresas privadas e através da Lei Rouanet, além do
apoio de produtoras e redes de TV que cederam gravações de arquivo para compor
o longa. A ideia foi aceita de cara pelos Salustianos que não se intimidam em
contar suas histórias e abrir as portas para a equipe. O documentário da
família Salú é o primeiro passo de um projeto que está sendo desenvolvido por
Thiago Leitão, a sérieFilhos dos mestres. Ele vai criar filmes a partir da
temática familiar e mostrar como herdeiros de artistas populares pernambucanos
dão continuidade à tradição.
Sensibilizados com a herança
dos Salustianos, Tiago e a produtora Tactiana Braga estão dando início ao
recolhimento de material para compor o acervo do Centro de Referência da Cultura
Popular Mestre Salustiano, que deverá ser criado em breve na Casa da Rabeca.
“Descobrimos que há muito material espalhado Brasil afora, mas quando alguém
que estudar sobre o assunto vem à Casa da Rabeca e termina não achando aqui. A
ideia é juntar tudo e transformar o espaço num centro de pesquisa”, explica
Tactiana.
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