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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

sábado, 2 de junho de 2018

Poesia: “Fiz do choro das cordas viola O maior ganha-pão da minha vida”, um poema de Zé Vicente da Paraíba


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“Fiz do choro das cordas viola
O maior ganha-pão da minha vida”

Fiz o que desejava em minha infância:
Correr prado de um ponto a outro ponto;
Lá chegando cansado e meio tonto,
Boca aberta, tremendo e tendo ânsia.
Sem pensar ser por causa da distância,
Sem usar nem metragem, nem medida,
Muitas horas esquecia da comida
E trocava a merenda pela bola,
Fiz do choro das cordas da viola
O maior ganha-pão da minha vida.

Fiz cachimbo de barro e matricó,
Conhecido também por “pai de fogo”,
Onde havia castanha, havia um jogo,
Que eu era o atleta do bozó,
O porreta no fojo e no quixó,
Só não era viciado na bebida,
Mas já tinha a ideia evoluída
Fabricando o alçapão e a gaiola
Fiz do choro das cordas da viola
O maior ganha-pão da minha vida.

Fiz um plano de vida pra viver
Com amor, com o riso e a saudade,
Como Deus é amor e é Trindade
Sabe e pode sustar o meu sofrer,
Muitas vezes cantando sem poder
Nem tocar na viola sustenida,
Agradeço à Maria Concebida,
Solitário na minha casinhola
Fiz do choro das cordas da viola
O maior ganha-pão da minha vida.

Zé Vicente da Paraíba

Fonte: Jornal Besta Fubana
Pedro Fernando Malta – Repentes, motes e glosas

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