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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

HISTÓRIAS DE BEIRADEIRO: "Seu João Pequeno e os cabras de Antônio Silvino" por Zelito Nunes

Na década de 20, Antônio Batista de Morais, Antônio Silvino, foi o cangaceiro mais temido dos Estados da Paraíba e de Pernambuco.
A sua saga começou, como em toda história de cangaceiro, com uma vingança, quando ele matou o primeiro desafeto pra vingar a morte do próprio pai. Depois, matou outros desafetos, gostou e saiu matando os seus e os desafetos dos outros. Só parou quando foi ferido e preso em Taquaritinga, no vizinho
Estado de Pernambuco.
Seu João Pequeno era um velhinho miudinho, magrinho, que tinha uma terrinha no município de Caraúbas, no Cariri paraibano, por onde passava, de vez em quando, Antônio Silvino e seu bando desordeiro.
Usava um pequeno chapéu de couro, um bigode branco e cheio, só vestia mescla e sua vida era de casa para o roçado, e o curral dos bichos. A rua, somente nos dias de feira. Era o homem mais calmo do mundo. Só tinha um porém: Seu João era brabo que só cobra de resguardo.
Um dia, o cão bateu na sua porta, um cabra do bando de Antônio Silvino foi lá lhe pedir dinheiro e levou uma descompostura. Saiu prometendo vingança.
Esse mesmo cabra, logo depois, juntou-se com mais outros quatro e, numa boquinha de noite, cercaram a casa onde moravam Seu João e a mulher. Com a casa totalmente cercada, o cabra ofendido gritou pra Seu João:
- Meu véi, a casa tá cercada e num adianta fazer besteira, não, nós tamo tudo armado.
O velho ainda perguntou:
- E quem vem lá?
O cabra respondeu:
- Nós samo fulano, cicrano e beltrano, do bando de Antõe Sirvino.
O velho disse:
- Ah, é?
Eles responderam:
- É.
- E o que é que vocês querem ?
- Queremo uma conversinha com o senhor, pra vosmicê aprender a atender pedido de home.
E Seu João:
- Ô mulé, tira o saguim de dentro do cano do “cravinote”, que eu vou dar uma vadiada com esses meninos lá fora.
Os cabras “queimaram” o chão.

Jornal Besta Fubana

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