Silêncio de paz
Quando por vezes ao silêncio entrego
Cada resposta que a boca cala
Sinto a essência que a sabedoria exala
Da sapiência que hoje carrego.
Assim fazendo, muito além enxergo,
Que a matéria não precisa a fala,
Para gritar o que me avassala
No jardim da dor, que com pranto rego.
Feito a muda expressão da natureza,
Prece de morte, pranto da tristeza,
Meu grito de ira, hoje é doçura.
Como a flor de um pântano estagnado,
Sou o silêncio do páramo estrelado
Iluminando, qualquer noite escura.
Daniel Nunes
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