quinta-feira, 11 de junho de 2020

Poesia: "Tristeza e pranto", um soneto de Daniel Nunes


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TRISTEZA E PRANTO

Minha mão num papel derrama o pranto
Que os meus olhos não sabem derramar
Entre as linhas da dor demonstro o quanto
Minhas lágrimas não podem demonstrar.

Nessa folha em branco eu sofro e canto
Minhas dores que só eu sei cantar…
Talvez seja assim, sem ter encanto,
Que aprendi a seguir, sem me encantar!

E assim, me enganando na incerteza,
Vou tentando conter minha tristeza,
Nas palavras manchadas sem pudor,

Sem sentir a ternura de um carinho
Em meus versos eu traço o meu caminho
Pra tentar desviar da minha dor.

Daniel Nunes. 

Cantigas e Cantos

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