Poesia: "Teu vasto enleio", um soneto de Lucas Rafael

Foto: Arquivo/Lucas Rafael 

TEU VASTO ENLEIO

Eu, que supunha ser o mundo vasto...
Uma amplidão imorredoura e forte;
E que mantinha as ilusões da morte
Como um desejo prematuro e casto.

Mas quando tu me deste aquele abraço,
Mudei os rumos, e abracei-me à sorte
De, em teus braços, encontrar espaço,
Como uma bússola que indicasse o norte.

Em teu abraço, confortado, pude
Olhar com calma para os atributos
Da minha vida... Em sua plenitude.

Na via láctea do teu corpo ameno,
Durante poucos, mas tão bons minutos,
O mundo inteiro pareceu pequeno.

Lucas Rafael  

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