
Se fez silêncio, até que
enfim
Que escute as liras do esquecimento
Que sorria, que cante e curta meu lamento
Na vaga penumbra do meu camarim
Que chore do início e vibre do fim
Vagueie aleatório, por vereda incerta
E cante sozinho na rua deserta
Sem espaços demarcados nem diâmetros
Sem luz, sem vínculos nem parâmetros
Eu me livre dessa grade que me aperta.
Que escute as liras do esquecimento
Que sorria, que cante e curta meu lamento
Na vaga penumbra do meu camarim
Que chore do início e vibre do fim
Vagueie aleatório, por vereda incerta
E cante sozinho na rua deserta
Sem espaços demarcados nem diâmetros
Sem luz, sem vínculos nem parâmetros
Eu me livre dessa grade que me aperta.
Que eu me beije, que eu
delire
Diante a torrente da enchente a esmo
Que me cobre, que grite a mim mesmo
Um ego atroz, que mude, que se inspire
Que morda, que chore, que respire
A essência efêmera que embriaga o louco
E que grite ao nada em tom opaco e rouco
Que seja o andarilho do mais ermo caminho
E que véu do nada me deixe sozinho
Para mostrar-me que o que fiz, foi pouco
Diante a torrente da enchente a esmo
Que me cobre, que grite a mim mesmo
Um ego atroz, que mude, que se inspire
Que morda, que chore, que respire
A essência efêmera que embriaga o louco
E que grite ao nada em tom opaco e rouco
Que seja o andarilho do mais ermo caminho
E que véu do nada me deixe sozinho
Para mostrar-me que o que fiz, foi pouco
Nenen de Santa.
CANTIGAS E CANTOS
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