A SECA, O REI E
OS RATOS
A
seca sem piedade
Chegou
decretando guerra
E
toda vida na terra
Padeceu
a crueldade
Sua
ardente claridade
Igual
a fogo do facho
Secou
cacimba, riacho
Grota,
açude, poço, rio
Lagoa,
lago, baixio
E as
frutas verdes no cacho
A
seca deu mais potência
Ao
aquecimento nato
E
ditou seu ultimato
Sem
da vida ter clemência
Com
severa violência
Ateou
fogo no chão
Causando
desolação
Por
tudo quanto foi canto
Não
restou no céu um santo
Sem
pedido em oração
Meu
grande constrangimento
Foi
comprovar o descaso
Que
não foi obra do acaso
E
sequer esquecimento
Foi
descomprometimento
Dos
políticos desalmados
Governador,
Deputados
Presidente,
coisa e tal
Que
não deram nem sinal
De
vida aos necessitados.
Eu
prefiro não falar
De
quem ao pobre detesta
Senão
me dá a ”Mulesta”
E
posso até me infartar
Mas
não posso me esquivar
De
ser contra a coisa errada
De
quem viu tombar na estrada
No
mais triste sofrimento
Bode,
boi, cabra, jumento...
E
podendo não fez nada.
Quem
tem poder soberano
Detém
a vida de nobre
E esquece
que o povo pobre
É
considerado humano
Seja
rural ou urbano...
De
qualquer outro lugar
Mas
para o voto ganhar
Dá no
pobre abraço e beijo
Depois
disso esconde o “Queijo”
Pra
com seus “Ratos” rachar.
Arlindo Lopes “Pirraia”
Este poema foi extraído do livro “Ponta
de Espinho”, do poeta e cordelista Arlindo Lopes “Pirraia”, recentemente
lançado pelo autor.
Adquira este livro "Ponta de Espinho", com o Autor, Sebo Cultural, Banca de Revistas Criativas ou na loja de Jair Som.
Contato do autor Arlindo Lopes:
(87) 9 9918-0010
CANTIGAS E CANTOS
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