PONTA DE ESPINHO
A minha
“Ponta de Espinho”
Forjada
na natureza
Detém a
sua nobreza
De
manter-se no caminho
Pra
combater desalinho
De quem
vive preparado
A
tornar realizado
O seu
feito negativo...
E
assim, com espinho crivo
Seu
coração desalmado
Tendo
meu espinho em riste
Eu
mantenho minha guarda
Protegendo
a retaguarda
De quem
de mim não desiste
Mas
minha ponta persiste
Em
perfurar a barriga
De quem
sai atrás de briga
Desafiando
o parceiro
E com
meu pé de facheiro
Espeto
quem caça intriga
Meu
espinho não tolera
Quem na
vida é violento
Nem
elevo o pensamento
Pra
quem violência gera
Pois
pertenço a uma era
De paz,
amor, coerência
E em
nome da consciência
Com
espinho de “Braúna”
Vou
perfurar a coluna
Vertebral da
violência
Minha
revolta maior
É com
político bandido
Que tem
viver corrompido
Roubando
mais do menor
Que
derrama seu suor
Pra
conseguir o seu pão
Mas
encontro solução
No
espinho “Unha de Gato”
Espetando
cada “Rato”
Na
palma de cada mão.
A
justiça tem a venda
Por
sobre os olhos da cara
Para
ocultar sua tara
Que
sente pela contenda
A
justiça é uma lenda
Na sua
“Lei da Preguiça”
Pro
justo, há injustiça
Pro
injusto, nada é grave
E meto
“Espinho de Agave”
Na
cegueira da justiça
Com
espinho longo, estreito
Do
“Cacto Mandacarú”
Num
ritual de vodu
Vou
furar o preconceito
E a
traição do mesmo jeito
Vou
furar sem dar perdão
Pois em
quem viveu traição
Vou
plantar sem piedade
Uma
“Coroa de Frade”
No
lugar do coração.
Furo o
peito da ganância
A
cabeça trapaceira
A
garganta fofoqueira
A boca
da arrogância
A
fronte da ignorância
O rosto
da vaidade
O pé da
rivalidade
A mente
da covardia
A visão
da tirania
E a alma
da falsidade
Vou
destilar toda ira
Com furada
venenosa
Na
língua perniciosa
Que se
dedica à mentira
E feito
a presa vampira
Vou
aplicar a mordida
Em toda
carne banida...
Afirmo,
assino e sublinho
Que o
livro “Ponta de Espinho”
É obra
feita pra vida.
Arlindo
lopes
Poema extraído do Livro “Ponta de Espinho”, do poeta cordelista Arlindo Lopes “Pirraia”,
lançado recentemente.
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