
foto:site Antoniomiranda.com.br
ATO
DE CARIDADE
Que
eu faça o bem, e de tal modo o faça,
Que
ninguém saiba o quanto me custou.
—
Mãe, espero de Ti mais esta graça:
—
Que eu seja bom sem parecer que o sou.
Que
o pouco que me dês me satisfaça,
E
se, do pouco mesmo, algum sobrou,
Que
eu leve esta migalha aonde a desgraça
Inesperadamente
penetrou.
Que
a minha mesa, a mais, tenha um talher,
Que
será, Minha Mãe, Senhora Nossa,
Para
o pobre faminto que vier.
Que
eu transponha tropeços e embaraços:
—
Que eu não coma, sozinho, o pão que possa
Ser
partido, por mim, em dois pedaços.
Djalma
Andrade
O Soneto Ato de Caridade,escrito pelo queluziano Djalma
Andrade, foi traduzido em várias línguas,e foi considerado um dos 12 sonetos
mais bonitos da língua portuguesa,pela Academia de Letras de Portugal.
Fonte: historiaegenealogialafaiete.blogspot.com
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