Tudo findo. Deixaste-me e seguiste
O primeiro que veio ao teu caminho;
Não pensaste sequer que fiquei triste
Preso à desgraça de viver sozinho!
Dois longos anos! . . . Nunca mais me viste !. . .
Foram-se as aves, desmanchou-se o ninho! . . .
Hoje, me escreves: "Meu viver consiste
Na mistura de lágrimas e vinho!"
E me imploras: "Perdoa-me e consente
Que eu vá viver contigo novamente,
Pois só contigo poderei ter paz!"
Eu te perdôo . . . mas o empecilho é este:
Eu amava aquela alma que perdeste. . .
Alma que nunca reconquistarás !...
"Os Mais Belos Sonetos que o Amor Inspirou"
J.G . de Araujo Jorge - 1a edição - 1963
Nenhum comentário:
Postar um comentário