sexta-feira, 14 de julho de 2017

Poesia: A poesia de Nenén de Santa

Foto de Valdecir Filho.

São tantos pós acumulados
Tanta pedra e tanta estrada
São turbilhoes de emoções
É tanta coisa passada
Pouco sim e muito não
Que cheguei a conclusão
Que a vida é quase nada.

Tantos sonhos a viver
Mas o tempo não espera
E passa abruptamente
Como um rugido de fera
Levando entes queridos
Em verões estremecidos
Enlutando a primavera.

Alísios brandos, suaves
Passaram no meu jardim
Ventilando as rosas virgens
Doces fragrâncias sem fim
Mas o jardim amarelou
E a meiga rosa deixou.
De cheirar perto de mim.

Vieram os vendavais.
Com gritos e truculência.
E me expondo ao desgosto
Me tiraram a paciência
Destroçaram meu sorriso
Roubaram meu paraíso
E tiraram minha inocência .

Eu agora fecho os olhos
Ja sem forças e defesas
E em um sono bendito
Sem dores nem asperezas
Sonho com divina luz
Depois entrego a Jesus
Meu mundo de incertezas.

Nenén de Santa

Cantigas e Cantos

Nenhum comentário:

Postar um comentário