segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Poesia: A poesia de Nenen de Santa

Foto: Valdecir Filho (Nenen de Santa)














Vagueio sozinho
Por trilhas desertas
Passadas incertas
Me levam a esmo
Caminhos longínquos
De assombrações 
Produzem aflições
Devoram a mim mesmo.

Vales incertos
Planaltos vazios
Me dão arrepios
Pela noite escura
As aves se calam
O vento se aquieta
Somente um poeta
Baixinho murmura.

O silêncio se espalha
No ermo sombrio
A treva e o frio
me tiram a calma
E as almas cochicham
 
Alguns impropérios
 
Regendo os mistérios
Do fundo da alma.

Escutando um eco 
Sem saber de quê
Não sei o porquê
 
Mas eu me agitei
Não deu para ver
De pressa chegando
Estava sonhando
E então me acordei.


Nenen de Santa. 

Fonte: Facebook de Nenen de Santa

Um comentário: