sábado, 13 de agosto de 2016

Poesia: Um belo poema da poetisa Dayane Rocha














Quando as maiores paixões
Na vida forem vividas 
Se tornarão ilusões
Depois serão esquecidas.
 
Talvez por peitos mesquinhos
 
Que escondem seus espinhos 
No ventre da escuridão 
Depois de meses tristonhos 
Não restarão nem os sonhos 
Dos filhos da solidão.

Enquanto o riso adormece 
Na boca da madrugada
 
A mão de Deus logo aquece
Aqueles que não tem nada.
E a minha alma inquieta
Findou virando poeta
Sem ter sequer um motivo
Eu que um dia já fui forte
Vivo fugindo da morte
Sem saber se ainda vivo.

Se o meu peito hoje chora
E o meu olho está triste
 
Ele insiste em meia hora
E depois disso desiste.
Desiste dessa saudade
 
Pois meu peito na verdade
Mente pra ver se tem jeito
 
De ser feliz mendigando
Pois vive me enganando
Fingindo que ainda é peito.

Escuto passos tão perto
Chegando perto de mim
Depois eu vejo o incerto
Tendo a certeza do fim.
E sinto mil arrepios
 
Com suor e calafrios
 
Nessa carne tão pagã
E sem saber do futuro
 
Vejo o vulto do escuro
 
Trazendo o meu amanhã.


Dayane Rocha

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