Falar de Biu, certamente
Eu sei falar muito pouco
Porque não falo do louco
Mas, do Biu inteligente
Respondendo de repente
Como um vate popular
No meu modo de pensar
Ele foi pra quem quis ver
Poeta, sem escrever
Repentista, sem cantar
Falar de Biu é preciso
Não do Biu alienado
Mas, do Biu capacitado
Que até mesmo indeciso
Fazia de improviso
Perfeitas composições
O genérico de Camões
Pela ciência esquecido
Filósofo desconhecido
Nas veredas dos sertões
Biu viveu sem ter conflito
Nas ruas fez seus pernoites
Foi andarilho das noites
De São José do Egito
Foi piadista, foi mito
Provou ter capacidade
Brilhou na sociedade
Foi poeta itinerante
Foi diversão ambulante
Das crianças da cidade
Biu fez parte da cultura
Teve nela o seu espaço
Se trajou como um palhaço
Foi louco sem ter loucura
Foi sábio de alma pura
Foi gênio fantasiado
Foi humorista dotado
Dramatizou sem ter drama
Deixou no pódio da fama
Seu nome imortalizado
Ismael Pereira / São José do Egito

*Poesia extraída do Livro "O Genial Biu Doido", de Arlindo Lopes
CANTIGAS E CANTOS
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