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Foto: Cármen Beatriz "Mizita" |
TRAVESSIA
Pra vencer o oceano desta vida,
Navegar calmaria e procela,
Fiz de mim nau de sonhos, icei vela,
Pus na proa a esperança, dei partida.
Navegar calmaria e procela,
Fiz de mim nau de sonhos, icei vela,
Pus na proa a esperança, dei partida.
Não me dei, na jornada, por vencida,
Mas, qual fosse a mais dura sentinela,
Veio a âncora do tempo, sempre ela,
A cuidar que aproxima a despedida.
Mas, qual fosse a mais dura sentinela,
Veio a âncora do tempo, sempre ela,
A cuidar que aproxima a despedida.
Olho em volta e o que vejo, espelhada,
Já não mostra a esperança, por conforto,
Nem me traz à lembrança a nau sonhada.
Já não mostra a esperança, por conforto,
Nem me traz à lembrança a nau sonhada.
O oceano de agora é o meu mar morto
E, sem vela, nos anos esgarçada,
Vou seguindo, à deriva, ao último porto.
E, sem vela, nos anos esgarçada,
Vou seguindo, à deriva, ao último porto.
Fernando Leite – 28/04/2016
Fonte: Carmén Beatriz "Mizita"
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