
PRISÃO ALEGÓRICA
A cor quente das horas vai
montando
Sobre tudo o que consigo observar.
Em quietude, vejo o mundo se abrigar
Nesse tempo que já chega passando.
Sobre tudo o que consigo observar.
Em quietude, vejo o mundo se abrigar
Nesse tempo que já chega passando.
Em sensação de viajar galopando,
O presente usa esporas pra chegar,
Mas, na pressa de tudo alcançar,
Percebeu-se dele mesmo adiantando.
O presente usa esporas pra chegar,
Mas, na pressa de tudo alcançar,
Percebeu-se dele mesmo adiantando.
O que eu enxergo não é mais o que eu vi.
O que eu sinto não é como já senti,
E o que eu queria já não é meu desejo.
O que eu sinto não é como já senti,
E o que eu queria já não é meu desejo.
Igual peça simples dessa mobília,
Encarcerado no tempo em vigília,
Sou o suporte e o motivo do cortejo.
Encarcerado no tempo em vigília,
Sou o suporte e o motivo do cortejo.
Poema: Flávio Petrônio
Fotografia: Flávio Petrônio
São José do Egito – PE, 30 de maio de 2016.
Fotografia: Flávio Petrônio
São José do Egito – PE, 30 de maio de 2016.

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