sábado, 14 de maio de 2016

Poesia: Quatro Decassílabos de Gregório Filó



Se é aqui que alguém paga o que aqui faz
Haverás de pagar sem indulgência
Os pecados da tua inconsciência
Por tentares roubar a minha paz
A saudade não me atormenta mais
Minha vida vai noutra direção
Mas não deve ficar sem punição
Quem só pensa em maldade e grosseria
OS GARRANCHOS DE TUA COVARDIA
ARRANHARAM DEMAIS MEU CORAÇÃO.

A cigana que um dia eu consultei
Pra saber o que me aconteceria
Não me disse que eu chegaria um dia
A sofrer os desgostos que passei
Que ela não é culpada disso, eu sei
Fui eu mesmo que agi sem precaução
Avancei um sinal na contramão
Colidi com alguém que não devia
OS GARRANCHOS DE TUA COVARDIA
ARRANHARAM DEMAIS MEU CORAÇÃO.

Por lugares vizinhos e distantes
Exerci sedução, fui seduzido
Atirei e fui alvo de cupido
Tive belas mulheres por amantes
Vivi horas de amor interessantes
Sem contudo afastar a sensação
De que só terá paz, meu coração
Quando um dia de novo me quiseres
EU TENTEI TE ENCONTRAR NOUTRAS MULHERES
MAS A BUSCA QUE FIZ TORNOU-SE EM VÃO.

Insensato, parti para aventuras
Procurando encontrar um movo amor
Que suprisse a carência de calor
Que entre nós transformara-se em branduras
De outras mãos recebi novas ternuras
No entanto cheguei a conclusão
Que só hei de sentir satisfação
Quando novas carícias me fizeres
EU TENTEI TE ENCONTRAR NOUTRAS MULHERES
MAS A BUSCA QUE FIZ TORNOU-SE EM VÃO.

Gregório Filó

Nenhum comentário:

Postar um comentário