terça-feira, 10 de maio de 2016

Poesia: "Nos escombros da velhice", um soneto de Andrade Lima


Nos escombros da velhice

Pra velhice quem passa não "escapa",
Que o destino de todos vêm traçado.
A roupagem do corpo é o passado
E o semblante um caderno sem ter capa.

É que o tempo corrói e cada tapa
Que nos dá, deixa marcas e riscado,
Fica o rosto por rugas mapeado:
De lembranças nas partes desse mapa.

Nossos passos encurtam e o cansaço
Faz a válvula de ar a cada passo
Nos pedir pra parar numa subida...

Deus consinta que eu possa nos escombros
Da velhice encostar os meus dois ombros,
Nos momentos finais da minha vida!

Andrade Lima.
Teresina PI, 10/05/2016.
la foto del perfil de Damião De Andrade Lima

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