quinta-feira, 21 de abril de 2016

Poesia: Inspiração Poética de Fabiana Prado

  
Fabiana Lúcia do Prado Sidaury é natural de São José do Egito –PE. Alto Sertão do Pajeú, nascida em 10 de outubro de 1970. Filha de Wandelson Barbosa Lopes, falecido em 1988, homenageado, colocaram o seu nome no Ginásio de Esportes “Wandelson Barbosa Lopes”, e de Rosa do Prado Lopes, falecida em 31 de dezembro de 2005. Também homenageada pela sociedade, onde a sede da Secretaria de Educação recebeu seu nome “Rosa do Prado Lopes”. É neta de um dos maiores repentistas do Pajeú José Lopes Neto (Zé Catota), já falecido, que ficou conhecido popularmente como o último pilar do edifício de uma geração  de grandes cantadores, uma cachoeira de onde jorrava grandes poesias, todas de improviso.
É formada em letras, pós-graduada em língua, linguística e literatura, professora de língua portuguesa da Rede Estadual, leciona e é coordenadora de apóio na Escola Édson Simões, foi Secretária Municipal de Assistência Social, cursou  liturgia em Canindé-CE. Tem duas filhas: Mayara Karen do Prado e Petrúcia Fabiane do Prado. É esposa de Danilo Sidaury, bacharel em direito e executivo  do grupo Neo-energia.
Teve suas primeiras inspirações poéticas, ainda na adolescência, mas veio mesmo a florescer na maturidade, quando atingiu o processo de amadurecimento intelectual, considera como sua maior virtude o amor que sente pelas pessoas, pela família e, principalmente, pelos irmãos: Maria Madalena, Kalina Lígia, Laura do Prado, Willan do Prado e Raul Wagner.
                                             Por Fabiana Prado

Fabiana minha neta
É em português formada
Em São José do Egito
É poetisa afamada
No fim da ramagem velha
Tem uma flor perfumada
                                     (Zé Catota)

Conversando com avô Zé Catota e  o mesmo declamou uma estrofe de Zé Soares, afirmando ser difícil de outras pessoas conseguirem pagar tal estrofe por conta do trocadilho.

Ela não diz o que fiz
Eu não digo o que ela fez
Nós fizemos de uma vez
Eu não digo, ela não diz
Ela até hoje não quis
Dá ao povo a perceber
Eu também não vou dizer
O que se passou comigo
Ela não diz, eu não digo
Quem é que pode saber?
                               (Zé Soares)

Mesmo sabendo que era difícil de chegar perto das poesias de tal poeta, tentou alegrar o avô com essa estrofe no mesmo sentido.

Não conte nada a ninguém
Fique comigo calado
Escute tudo ao meu lado
Que juro te querer bem
Eu faço o mesmo também
Eu garanto não dizer
Envolva-me no prazer
Que faço o mesmo contigo
Você não diz e eu não digo
Quem é que pode saber?

Mote:
Comparei o teu rosto com um poema
Pra mais nunca sentir tanta saudade.

A distância aumenta o meu desejo
E contigo jamais eu ficarei
Mesmo sem quebrar o que jurei
Quanto mais fecho os olhos mais te vejo
E ao ouvir-te, eu sempre te cortejo
Como sendo sublime divindade
Mas preciso fugir isso é verdade
Na certeza fatal do nosso esquema
Comparei o teu rosto com um poema
Pra mais nunca sentir tanta saudade.

Contemplar-te na vida, não me cansa
Se tentar, jamais posso te esquecer
Porque vejo o amor em mim crescer
Por mais que o outro tente não te alcança
Devolveste minha grande esperança
Que um dia me roubaram com maldade
Mas em ti encontrei felicidade
Que pois fim no conflito do dilema
Comparei o teu rosto com um poema
Pra mais nunca sentir tanta saudade.

Inspirada em uma poesia de Donzílio Luiz, Fez essas  duas estrofes:

Tu não sabes o tempo que te espero
Não entendes o tanto que te amo
Muitas vezes sonhando ainda te chamo
É por isso que eu sempre te venero
Com finezas de amor considero
És a causa das minhas desventuras
Não me lembro de outras criaturas
Não me envias bilhetes telegramas
E tu que dizes que tanto me amas
Tens o remédio, porém não me curas


 Tu és minha razão mais predileta
 Nunca pude esquecer-te um só segundo
És a única pessoa neste mundo
Que me torna feliz e mais completa
Como os sonhos  brilhantes de um poeta
Nos seus versos vividos de aventuras
Pois nos beijos das bocas que procuras
Minha boca difere de outras damas
E tu que dizes que tanto me amas
Tens o remédio, porém não me curas

No mote do José Adalberto

Como é bom se contar com professor
No momento em que posso precisar
Eu procuro e não sei como explicar
Como é grande a pessoa e o seu valor
Foi você que ensinou-me com amor
Sem você nada disso eu saberia
É  meu mestre vovô e eterno guia
Meu velhinho, meu anjo, meu catôta
Quem me dera ser dona de uma gota
Do perfume de sua poesia.

Fabiana Prado


Cantigas e Cantos

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