De botar prole no trilho
Amamenta o seu filho
Com o leite do seu peito
Cria, ensina a ter respeito
Enfrentar qualquer barreira
Assim como a seringueira
Que o seu leite empresta
Aos seus filhos da floresta
Pra vender e fazer feira
Cria seu filho com gosto
Faz carícias no seu rosto
Com um tom de brincadeira
No seu banho na banheira
Todo dia é costume
Enxuga, bota perfume
Deixa-o brincar no solo
Se outro pega no colo
Ela morre de ciúme
É o filho que carrega
Dentro o filho não sossega
Ela diz, filho se aprume
Sua gravidez no cume
Aumenta o seu enlace
Com seu filho quando nasce
Que pra Mãe jamais é fardo
Com ele passa o resguardo
E sua vida renasce
Os dias da gravidez
Pra poder tê-lo de vez
No colo, beijá-lo a face
Assim faz com muita classe
Ele nunca fica farto
Ele nasce, os dois no quarto
Ele chora, ela ampara
Laço que jamais separa
Que foi dado antes do parto

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