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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Poesia: "No Natal", um poema de Lima Júnior

Fotografia de Thadeu Filmagens

NO NATAL

Eu segui uma estrela que no céu
Me guiou pelos becos da cidade,
Me fazendo enxergar a realidade
De esquecidas pessoas, tudo ao léu!
A fumaça das drogas era o véu
Que vestia a penumbra masmorral,
E seus restos de vidas sobre o sal
Do sobejo das ceias agendadas,
Dos esquecem Jesus pelas calçadas 
Mas celebram a noite de Natal!

Os frangalhos de sonhos e ilusões
Com os trapos das roupas, confundidos,
O odor dos prazeres distorcidos
Misturados às cinzas dos porões. 
Aves livres, à beira de alçapões
Onde a isca é a própria crueldade,
Onde a treva em que vive lhe invade
Quando o que mais almeja é ter a luz,
Mas o expulsam da festa de Jesus
Feito restos mortais da humanidade.

A sarjeta tornou-se o lar sublime
Dos que se irmanaram pela rua,
Onde o teto é o céu e a luz a lua
Pela força mordaz de vil regime.
O diploma exibido é o do crime,
Ser temido é a qualificação,
Foi criança, sonhou, mas a razão
Que a vida lhe impôs foi crucial.
Enxotado das festas de Natal,
Como crê que Jesus é seu irmão?

Carne em chagas, exposta ao sal do pranto
Pela cruz que só ele é quem enxerga,
A matéria sofrida que se enverga
Pra caber pra dormir, em qualquer canto.
Sua fé dirigida a qualquer santo
Que lhe possa servir de talismã.
No Natal bate a porta de uma “irmã”
Que na mesa da ceia, ouve somente: 
- Por Jesus, dê-me um pão, sou indigente!
E a resposta que tem: - Passe amanhã!

Lima Junior   

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