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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Poesia: "Não existe cidade pra mudar Os costumes que eu trouxe do sertão", um poema de Rogério Menezes


HISTÓRIAS DE CANTORIAS.

O poeta Rogério Meneses é natural da cidade de Imaculada-PB, mas reside, já há bastante tempo, em Caruaru-PE, onde foi vereador e presidente da Câmara Municipal. Nas últimas eleições foi candidato a deputado estadual, não conseguiu se eleger, mas obteve uma boa votação.

Certa vez o poeta Rogério Meneses estava fazendo uma cantoria e alguém deu o seguinte mote:

"NÃO EXISTE CIDADE PRA MUDAR
OS COSTUMES QUE EU TROUXE DO SERTÃO".

O poeta paraibano fez as seguintes estrofes:

Ainda uso rosário no pescoço
Levo o pente redondo aonde for
E quando como um pirão de corredor
Ainda bato o tutano e chupo o osso.
No café, no jantar e no almoço
Agradeço a jesus numa oração
Pela vida, o amor, a paz, o pão
Que até hoje não faltam no meu lar
Não existe cidade pra mudar
Os costumes que eu trouxe do sertão.

Juriti, ribaçã, bengo e marreca
Tem na hora que a gente quer comer
Mel de abelha no favo pra beber
Leite puro espumando na caneca.
E depois do almoço uma soneca
No cimento, sem forro e sem colchão
Que quem vive na paz, até no chão
Dorme bem qualquer hora que deitar
Não existe cidade pra mudar
Os costumes que eu trouxe do sertão.

Eu adoro uma noite de forró,
Vaquejada, repente e serenata
Eu odeio essa história de gravata
Que parece uma corda em meu gogó.
O mais belo e mais rico paletó
Eu por ele não troco o meu gibão
Meu cavalo eu não dou num avião
Que eu nasci foi pro chão e não pro ar
Não existe cidade pra mudar
os costumes que eu trouxe do sertão.

Sou chamado arigó, bronco e babaca
Porque sou sertanejo à moda antiga
Meu cigarro é na palha da espiga
Uso fumo do bom de arapiraca.
No almoço eu não uso garfo e faca
Que eu amasso o feijão na minha mão
Picadinha, buchada e rubacão
Eu não troco em sushi nem caviar
Não existe cidade pra mudar
Os costumes que eu trouxe do sertão.

Rogério Menezes


Fonte: Facebook de Severino Batista

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