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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Poesia: "Distante da areia da beira do mar", glosas de Lucélia Santos e Gustavo Henrique


Nasci no sertão aqui num pé de serra
E até hoje vivo no mesmo cantinho
No barro vermelho onde fiz meu caminho
Vou deixando rastros no manto da terra.
Ouvindo o som forte de um bode que berra
Encostado à cerca pensando em pular,
De longe a galinha ouço cacarejar
Temendo os ataques de algum gavião...
Se hoje sou poeta eu nasci no sertão
Distante da areia da beira do mar.

Lucélia Santos

Embora distante dos mares vorazes
Reitero, meu canto fiel ao sertão
Por meio de rimas e glosas que são
Reflexos do tempo que vi meu oasis
Poetas são almas um tanto capazes
Repensam, descobrem o verbo glosar
Com rimas perfeitas que tentam versar
A dicotomia do mundo que vive
Pensando o lugar mais bonito em que tive
Distante da areia da beira do mar.

Gustavo Henrique

Sertão é sinônimo de arte e cultura
De grandes artistas qual mestre Ariano
Vai passando o tempo entra ano e sai ano
E a nossa poesia tão grande figura
Que enfeita o viver de qualquer criatura
Com sua potência pode transformar
O pensar humano e é capaz de ajudar
Nas suas maneiras, no modo de ser
Poesia é vida e assim vou viver
Distante da areia da beira do mar.

Lucélia Santos

Pensei já ter visto diversos encantos
Mas hoje eu vejo que me enganei
Só tive a certeza depois que cheguei
Ao verde presente em nossos recantos
Cantigas e versos, poemas e cantos
São várias culturas em um só lugar
Eu vi no sertão, o meu berço meu lar
Local que detém a maior maestria
Na arte, no verso, também poesia
Distante da areia da beira do mar.

Gustavo Henrique

Não penso e nem quero sair desse chão
Que o lugar mais certo mais puro e tranquilo
É o lugar que moro e não tenho sigilo
Grito aos quatros ventos que eu amo o sertão.
Aqui eu trabalho e ganho meu tostão
Só de ano em ano é que vou passear
Na capital quando eu me vejo a andar
Meu peito até treme temendo um bandido
Vivendo no mato eu tô mais protegido
Distante da areia da beira do mar.

Lucélia Santos

Abri a cancela, tangi o meu gado
Depois fiz café e armei uma rede
Cocei minhas costas no vão da parede
O fumo, pra noite já deixei traçado
O meu perdigueiro ficou amarrado
Esperando a hora da gente caçar
Eu queimo o xexo por mode mostrar
O rumo da toca do peba na serra
Madrugo enquanto o bode já berra
Distante da areia da beira do mar.

Gustavo Henrique


Tema: Lucélia Santos
Glosas: Lucélia Santos & Gustavo Henrique
 
Patu-RN/ S.José do Egito-PE
26/07/15

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