Mãe perdoe essa minha
teimosia,
Mas eu tenho que ir beber
cachaça...
Minha vida sofrida está sem
graça
Desde que ela perdeu quem
mais queria.
Minha sorte tem sido a poesia
Alimento da alma sem beldade!
De cerveja bebi já uma grade
E a garrafa com
"pinga" envelhecida.
"Hoje afogo num copo de
bebida
Quem está me matando de
saudade".
.
Três enfarto de amor no
coração
Eu sofri sem você perto de
mim.
Foi no último que quase teve
fim
Minha vida de tanta solidão.
Sua volta seria a solução
Mas você nem noticias sequer
deu.
O meu ser se cansou e
conheceu
Outro alguém que lhe ama de
verdade.
"Não me venha dizer que
tem saudade
Logo agora que o peito lhe
esqueceu".
.
Mais de cem cartas pra ela eu
escrevi
Co'a caneta fiel do
sentimento.
Ela alegre e eu nesse
sofrimento
As respostas que quis não
recebi.
Sua ausência foi tanta que
senti
A fisgada doer no corpo meu,
Finalmente uma carta ontem
leu
E a resposta foi rápida e com
beldade.
"Não me venha dizer que
tem saudade
Logo agora que o peito lhe
esqueceu."
Quem passar sexta por
Tuparetama
Vai poder registrar seu
aniversário.
O Balaio será palco e cenário
Desse chão cultural que a
gente ama.
Quem vier eu garanto que
declama
Muitos versos de forma
especial.
Ontem mesmo sonhei com
"Lourival"
Me dizendo que estava com
saudade.
São cinquenta e três velas na
cidade,
Dando luz ao Balaio
Cultural".
Afinei a viola e a garganta
E o duelo começa temperado,
Quem me enfrenta tem que vir
preparado
Pra vencer o
"Golias"que aqui canta.
Tentar ser bom pra mim não
adianta
É preciso ser ótimo e o
Senhor,
Não tem tino cantando em meu
setor
E nem anda correndo em minha
frente.
"Sou a foice da morte no
repente
Degolando no palco
cantador".
Andrade Lima
Recife, 08/04/2014
PAJEÚ DA GENTE
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