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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Memórias do cangaço: "A morte de Antônio Ferreira, irmão de Lampião", por Antônio Amaury


O CANGAÇO

A MORTE DE ANTÔNIO FERREIRA IRMÃO DE LAMPIÃO

Por: Antônio Amaury Corrêa de Araújo

Era começo de Janeiro de 1927. Antônio Ferreira, junto de Luiz Pedro, Jurema e um outro rapaz, estava acoitado pelo coronel Ângelo da Gia, na fazenda Poço do Ferro, e jogavam baralho. Luiz Pedro estava numa rede e Antônio em pé. Antônio estava perdendo muito no jogo, enquanto disse a Luiz:
-Luiz, você está sentado nesta rede há muito tempo! Agora deixe que eu me sente um pouco aí.
O rapaz segurando o cano do fuzil, ao apoiar-se para levantar, bateu com a coronha no chão. A arma, destravada, disparou a bala que atingiu Antônio em cheio. Este, antes de cair, só teve tempo de falar:
-Matou-me, Luiz.
Lampião, que estava longe, ao receber a notícia, passou a noite na cavalgada para acertar-se do ocorrido na fazenda de seu amigo Ângelo. Perdera assim mais um irmão em sua história de cangaceiro, por um acidente estúpido. Ouviu e concordou com o parecer do próprio coronel sobre o acidente. Jararaca, um dos chefes cangaceiros, no entanto, propôs que todos os envolvidos pagassem com a vida, por não acreditar que se tratasse de um acidente. Ao saber que seria perdoado, Luiz fez um juramento a Lampião, que passou para a história.
-Seu capitão... O senhor poupou minha vida. Eu juro acompanhá-lo até o fim. No dia em que o senhor morrer, eu morro também!
A partir desse dia, Lampião decidiu proibir qualquer um de seus comandados de portar arma com balas na agulha. Também em sinal de luto, deixou de cortar os cabelos, que foi seguido por quase todos do grupo; afinal ele era um líder, em todos os sentidos, inclusive como exemplo a ser seguido nas coisas mais simples.
NOTA CARIRI CANGAÇO: A morte de Antonio Ferreira, irmão mais velho do líder Lampião se configura sem dúvidas um dos episódios mais pitoresco e marcantes da história do cangaço. De fato, Luiz Pedro acabou tombando no fatídico 28 de julho de 1938, em Angico, quando perderam a vida, Lampião, Maria e mais 8 companheiros.

Texto extraído do Blog Cariri Cangaço



Abaixo foto do local em que aconteceu o "sucesso" com Antônio Ferreira. Fazenda Poço do Ferro pertencente ao Coronel Ângelo da Gia

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