Seguidores

Para Que Vim


Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

sexta-feira, 27 de março de 2015

Poesia: "O que é belo não morre, se transforma, muda a face mais mostra outra beleza", um mote glosado por Lima Júnior

 

Sobre o Passado de Mamãe

Sem pensar que um dia eu me lembrasse
Vi mamãe maquiando o próprio rosto,
E trinta anos após com o mesmo gosto
Vi mamãe maquiando a mesma face.
Vi o tempo esconder-se como um passe
De magia, rendido a sutileza,
Em que a arte do ser mostra a nobreza
Sem perder a feição com tal reforma.
O que é belo não morre, se transforma
Muda a face mais mostra outra beleza.

Todo dia a saudade me aporrinha,
E com a foto de Mãe entre os meus dedos,
Eu converso, contando meus segredos
Escorado na porta da cozinha.
Lembro as marcas do rosto de Mainha,
Que apesar do sofrer e da tristeza,
Ensaiava um sorriso de pureza
Sem do tempo, infringir rigor e norma.
O que é belo não morre, se transforma
Muda a face mais mostra outra beleza.

Se o tempo transforma a tez do rosto
E o corpo mantém a mesma essência,
Nosso jeito de ser, nem a ciência
 
É capaz de mudá-lo a contragosto.
Se o sol nasce belo e é belo posto
Maquiando a feição da natureza,
 
A beleza resiste com firmeza
Muito embora a firmeza mude a forma.
O que é belo não morre, se transforma
Muda a face mais mostra outra beleza.

Após anos sem vê-la e diferente,
Sorridente ela surge, bela e plena
E eu me vejo a rever a mesma cena
De um sorriso guardado em minha mente.
De quando ela, criança e inocente
Cativou-me com charme e singeleza,
Sem se ater que o tempo nos faz preza
E do que deixa de saldo, não informa.
O que é belo não morre, se transforma
Muda a face mais mostra outra beleza.

O olhar não se curva à flacidez
Quando as rugas do rosto, o tempo traça
Nem a graça do riso cede à graça
Quando os anos se impõem sem talvez.
 
O seu rosto, perdeu da maciez
Mas a pele ganhou, brilho e rijeza,
E o que tens por genética em boniteza
 
A navalha do tempo não deforma.
O que é belo não morre, se transforma
Muda a face mais mostra outra beleza.

Lima Júnior
Júnior Lima

Mote de Leta Moto-Táxi

Facebook do Autor

Nenhum comentário:

Postar um comentário