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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

São José do Egito: Centenário > "Lourival Batista em verso e prosa" mais um texto de Ésio Rafael


LOURIVAL BATISTA

Lourival Batista e Pinto do Monteiro se encontraram em Recife para uma cantoria de viola, no Sítio da Trindade, no ano de 1963. A "Mauriceia" não estava recebendo tão somente, uma dupla histórica, inesquecível, legitimada pelos ouvintes de cantoria, estudiosos, escritores e pesquisadores do Brasil, como dois "monstros sagrados" do poder da palavra improvisada. No "sítio", outras presenças digamos assim, acadêmicas, fortaleciam o encontro: Luís da Câmara Cascudo, Germano da Hora, Aldemar Paiva e Gilberto Freyre. Bom, a cantoria teve início, e lá pras tantas, Pinto concluiu uma sextilha - DE GILBERTO PARA NÓS/ GRANDE DIFERENÇA TEM. Vamos lá, Louro, ver o que tu aprontaste:

- A DIFERENÇA QUE TEM
DE FREYRE PRA LOURIVAL
ELE O MAIOR SOCIÓLOGO
DE NOSSA TERRA NATAL
EU SEREI SEU SÓCIO LOGO
ENTRANDO SEM CAPITAL.

Em Campina Grande, Lourival se duplava com Elísio Félix (o Canhotinho da Paraíba). Elísio, fazia parte da escola lírica do repente, assim como, Manoel Xudu, Domingos Fonseca, do Piauí, Jó Patriota (considerado, o último da safra contemporânea dos líricos) e Manoel Filó, que navegava por essas histórias, nas horas vagas. A cantoria se processava em um bar. O cabra mais rico do ambiente: Manoel do Óleo, sempre elogiado pelos poetas, porque, era quem possuía mais "papel bordado". Todavia, o homem, não molhava a bandeja. Não tinha jeito. Terminou por se retirar de cantoria, como dizem os "Portugas". Canhotinho (na condição de lírico) levemente frustrado, finalizou o verso - ATÉ O RICO SE ESCONDE/QUANDO SE CANTA EM CAMPINA. Vai, Louro!

- QUANDO A CRISE AQUI DOMINA
PRA QUEM CANTA NÃO CONVÉM
SE CHAMA O RICO SE ESCONDE
SE CHAMA O POBRE NÃO VEM
O RICO TEM NÃO QUER DAR
O POBRE QUER DAR NÃO TEM. Né, véi?


Ésio Rafael 
Ésio Rafael

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