LOURIVAL BATISTA
Vida de cantador sempre foi difícil, mas, já
foi pior. Antigamente havia dificuldade de meios de transportes. Viajava-se em
lombo de animais, em cima de caminhões e a pé. Cantava-se às vezes por um
simples jantar e dormida. Não tinha hora para acabar uma cantoria, que
acontecia nas salas das casas dos "ouvintes" ou, admiradores do
repente. Todavia, o cantador, guarda uma fortuna dentro de si, recheada de
metáforas, para alimentar as pessoas e aproximar as cidades. Louro cantando com um
colega, ambos abordando suas vidas de nômades, família, filhos etc... quando
chegou o momento em que Lourival presenteou para a plateia, ao condensar uma
vida, dentro de uma sextilha, que daria um tratado Filosófico:
- MEUS FILHOS SÃO PASSARINHOS
QUE VIVEM DOS MEUS GORJEIOS
EU PARA ENCHER OS SEUS PAPOS
CATO GRÃOS EM CHÃOS ALHEIOS
E SÓ BOTO UM GRÃO NO MEU
QUANDO VEJO OS DELES CHEIOS.
QUE VIVEM DOS MEUS GORJEIOS
EU PARA ENCHER OS SEUS PAPOS
CATO GRÃOS EM CHÃOS ALHEIOS
E SÓ BOTO UM GRÃO NO MEU
QUANDO VEJO OS DELES CHEIOS.
Mas, Louro também apreciava uma safadezazinha.
O sargento - Dudu, que destacava em São José do Egito, com seus 150 quilos,
passava "remando" por uma rua da "Velha Grécia", em frente
a uma bar em que Louro bebia com os amigos. Todos observando a passagem do
"cometa". Aí, Louro, fez essa rima prozada:
- ESSE É O SARGENTO DUDU
DO TAMANHO DAS ANDES
DONO DE TRÊS COISAS GRANDES
A CABEÇA O BUCHO E O CU. Né véi?
DO TAMANHO DAS ANDES
DONO DE TRÊS COISAS GRANDES
A CABEÇA O BUCHO E O CU. Né véi?
Ésio Rafael
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