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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

sábado, 27 de dezembro de 2014

Poesia: "Sensor de castidade", um poema de Leonires di Olliveira

SENSOR DE CASTIDADE
Preocupado com a Paróquia
De sua Jurisdição,
O padre José Inácio
Querendo saber a razão
Dos venenosos boatos
Comprometendo os beatos
Em coisas de fazer dó.
Só se via o comentário
Até no confissionário
Era uma conversa só:
Que a filha de fulano
De santa não tinha nada
E que as outras mulheres
Era um bando de safada
Que vivia comungando
Todo dia se confessando
Ao pé de seu ouvido.
Vivia só de enganos
Mas por debaixo dos panos
Traía os seus marido.
Pru mode não se alastrar
Inda mais o falatório,
O jovem Sacerdote
Diante do oratório
Pediu pro Senhor Jesus
Que lhe mostrasse uma luz
Pra puder solucionar
Aquela sem vergonhice
No meio da beatice,
Em baixo do seu altar.
O tempo foi-se passando
E o falatório aumentava
O padre se agastando
Pois toda noite chorava.
Não sabia o que dizer
Nem muito fazer
Pra acalmar a falação
Tava muito preocupado
Pois tinha esse pecado
Para a sua perdição.

Ainda mais agastado
Com aquela situação,
O novato reverendo
Movido pela unção.
Com seu dom sacerdotal
Teve a ideia genial
Pra apurar a verdade.
E sem qualquer bagatela
Implantou sobre à capela
Um sensor de castidade.
O instrumento instalado
Pra moça não funcionava.
Quando sentia uma quenga
O bicho logo apitava.
Foi assim quando Sandrinha
Que dava onda de santinha
Pros tolos da região
Quando na capela entrou
O bicho logo apitou
Causando admiração.
Ela ficou assustada
Com o estampido do alarme
E assim desconfiada
Sentou-se sem muito charme.
Ainda encabulada,
Como não quisesse nada
Do padre se aproximou.
E disse num só pinote:
-Me responda sacerdote
Que é isso que apitou?
É o seguinte Sandrinha
– Disse ele sem hesitar-
É um sensor de castidade.
Que eu mandei instalar
Pra pegar moça errada
Ou qualquer mulher casada
Que viva de traição.
Quando tu apareceu
Foi isso que aconteceu.
Sandrinha que papelão!
Certa vez dona Aurora
Uma respeitada beata,
Daquela bem rezadêra,
Que se tornava até chata.
Foi na capela entrando
O bicho logo apitando
Fazendo ti ti ti ti.
Bastante acabrunhada
Disse muito irritada:
– Que peste é isso aí?!
-É um alarme Aurora,
Disse o padre pra ela.
-Pra que boba dum apito
Aqui dentro da capela?
-Pra mode saber quem é
Cada moça ou mulé
Que vive de safadeza!
Aqui nessa freguesia
Quem pratica tais orgia
É tratado com dureza.
-Tá insinuando o quê,
Vigarin de meia tigela?
Disse a beata estressada
Ignorando aquela
Invenção do reverendo.
E toda se retorcendo
Na sua beca pegou.
Disse com siricutico:
– Que ideia de jerico
Que o senhor inventou?!
Foi aquele buruçu,
Um rebuliço medonho,
Parecia que a beata
Tava era com o demonho;
Na igreja esbravejava,
Todo mundo esculachava
E o padre apenas mudo.
Ainda toda tremendo
Saia se maldizendo
Xingando o padre de tudo.
E o padre não respondia
Aquela afrontação
Já estava satisfeito
Com a sua apuração.
Também já tinha certeza
De quem, lá com safadeza
Vivia naquela Ermida.
Resolveu logo a questão
Acabando a danação
Que apoquentava sua vida.
Resolveu severamente
De forma muito honrada.
Expulsar as duas beatas
Da capelinha sagrada.
A partir daquele dia
O povo dali vivia
Na maior integridade
Vivendo de modo reto
Por causa desse objeto,
O sensor de castidade.
Leonires di Olliveira Titio
 Quipapá- PE, 6 de novembro de 2013
Fonte: Recanto das letras

2 comentários:

  1. Obrigado, meu caro, Gilberto Lopes, por ter colocado meu poema aqui na seu blog. Sinto-me lisonjeado, pro esta façanha. Sei que agora minhas poesias serão rreconhecidas, portanto na fonte de onde tem mais de minha autoria como você pode ver, fique a vontade pra explorá-las e coloca-las no seu blog. Pra mim é uma honra.

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    1. Poeta, a honra é toda minha de poder colocar esse grande poema em meu blog. O blog está a disposição para futuras postagens suas... abraços!!

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