Ao meu avô José Soares da Silva.
Homem livre.
Ouço meu pai contar tuas histórias;
Do quão seguro que ele se sentia
Quando, ao voltar das tantas trajetórias,
A tua voz, desde o portão, ouvia.
Do quão seguro que ele se sentia
Quando, ao voltar das tantas trajetórias,
A tua voz, desde o portão, ouvia.
Esse menino mora em tais memórias,
Naquele orgulho feito de alegria,
No herói disposto a enfrentar palmatórias
Que, contra tudo, protegê-lo iria;
Naquele orgulho feito de alegria,
No herói disposto a enfrentar palmatórias
Que, contra tudo, protegê-lo iria;
Mora em ser livre o ser, que é sempre preso;
Em ser defesa para o indefeso;
Multiplicar-se em generosidade;
Em ser defesa para o indefeso;
Multiplicar-se em generosidade;
Continuar-se na vida de um filho;
No olho que vê a projeção de um brilho
Que o faz ser feito para a liberdade.
No olho que vê a projeção de um brilho
Que o faz ser feito para a liberdade.
Greg Marinho Passos
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