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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Literatura » Morre o escritor Manoel de Barros aos 97 anos

Autor de 18 livros de poesia, mato-grossense estava internado há mais de uma semana em um hospital de Campo Grande
Barros é autor de "O guardador de águas", de 1989, e "O fazedor do amanhecer", de 2001. Crédito: Arquivo pessoal

Luto na literatura: morreu nesta quinta-feira (13) o poeta Manoel de Barros. Autor de 18 livros de poesia, o mato-grossense tinha 97 anos e estava internado há mais de uma semana em um hospital de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Manoel de Barros será internado no cemitério Parque das Primaveras. 

O escritor passou por um processo cirúrgico para desobstruir o intestino. O boletim médico divulgado nesta quarta-feira apontava a "piora dos parâmetros clínicos" de Barros, mas em quadro estável.

Depois da morte de Drummond, em 1987, Manoel de Barros foi o primeiro poeta a representar a lista dos mais vendidos. A série Memórias inventadas, por exemplo, vendeu 450 mil exemplares — número considerado expressivo por se tratar de poesia.

Durante as duas décadas em que saboreou o sucesso de sua obra, Manoel de Barros viveu momentos trágicos. O primeiro aconteceu em 2007, com a morte do filho João, aos 50 anos, em acidente aéreo. Ele era responsável por todo o patrimônio rural do pai. Desde este episódio, o poeta quase não saía mais de casa e não conseguiu ir ao enterro do filho. E, em julho do ano passado, o filho mais velho de Manoel, Pedro, morreu depois de ter sofrido três derrames.

O fato é que a força da poesia de Manoel se reflete nas vendas dos livros. A sensação ao ler a obra de Manoel — toda disponível na coletânea Poesia Completa (2013) — é de atravessar o Pantanal a bordo de um verso, no embalo do Rio Cuiabá. O poeta, filho de fazendeiro, cresceu ninado pela música do vento nas copas das árvores. 

Fez amizade com a natureza bruta e com a natureza avessa de poetas, escritores e artistas. João Guimarães Rosa, por exemplo, foi o amigo com quem compartilhou palavras inventadas, em diálogos intertextuais ricos em onomatopeias e expressões regionais. Millôr Fernandes teve a atenção despertada para os versos do poeta e, nos anos 1980, começou a apresentá-lo ao público nas colunas que escrevia para revistas e jornais. Outros intelectuais fizeram o mesmo, como Antônio Houaiss e Fausto Wolf.

Nascido em Cuiabá, em Mato Grosso, Manoel de Barros levou prêmios Jabuti por O guardador de águas, de 1989, e O fazedor do amanhecer, de 2001. O literato morava com a esposa, Stella, e a filha Martha.



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