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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Poesia: "A navalha da morte cortou a planta, que floria o Sertão com Poesia.", um mote glosado por Andrade Lima


"A navalha da morte cortou a planta
Que floria o Sertão com Poesia."
.
O Poeta João foi uma semente 
No Sertão germinada com vigor.
Fez a roça ser por agricultor,
O seu meio de lucro mais descente.
A natura de luto chora e sente
E sua horta sem ele está vazia.
Se eu pudesse de volta lhe trazia
Mas quem deita descansa sobre a manta.
A navalha da morte cortou a planta
Que floria o Sertão com Poesia.
.
Como árvore sem galhos nós ficamos
Como o sol sem ter brilho está o mundo.
O Sertão em silêncio tão profundo,
A viola num canto nós guardamos.
Sem João pra cantar tristes estamos
E a saudade batendo nos judia.
Quem cantava o Sertão com maestria,
Hoje canta no céu pra sua santa.
A navalha da morte cortou a planta
Que floria o Sertão com Poesia.
.
Pajeú o seu berço desforrou-se
E seu leito ficou sem morador.
Sem João o mentor e cantador
O Sertão sem versar desmoronou-se.
Desde que você do chão ausentou-se
Nós perdemos a sombra e nosso dia
Sem teus versos cantados a alegria
Não é a mesma de quem cantando encanta.
A navalha da morte cortou a planta
Que floria o Sertão com Poesia.
. 
Como vou sentir na terra firmeza
De manhã campeando o meu rebanho.
Nós sabemos que a dor é sem tamanho
Falta braços, pois nessa correnteza.
Nosso fôlego e a Mãe Natureza 
Sem João pra cantá-la se atrofia.
Murcha a rama e urrando a vacaria
Com saudades do gênio também canta.
A navalha da morte cortou a planta
Que floria o Sertão com Poesia.
.
Andrade Lima.

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