Em quadros do meu sertão.
No seu pincel de poesia
Desenhava-se a feição
Da alegria do inverno,
O sentimento mais terno
Que aflora do sertanejo.
Ah! Se ele, agora, voltasse,
De novo, o verde vingasse
Com a força do meu desejo!
Presenteou-me com o belo.
Sutileza e maestria
Davam beleza ao flagelo.
Por minha voz, nessa estrada,
Sempre será decantada
Uma poesia tua.
Um poeta assim, tão forte,
Não se acaba nem com morte;
Na arte, ele continua.
E, enquanto sinto tristeza,
Sinto também a beleza
De um verso que ainda existe.
Por isso, João, não partiste;
Existes em muito canto.
Teus versos causando encanto
Do tempo de eu menino!
Desde então aprendo e ensino,
A partir desse teu canto.

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