
Todos os dias das semanas
Dos meses e dos anos
(Por toda a vida que nos pertencêssemos)
Ou lhe encharcaria com beijos de chuva
Estaríamos, eu e o meu amor, em lume de lua
Até o parque, onde lhe ofertaria
Um chumaço de algodão-doce
Com um beijo seu em minha face
Que guardasse, além do açúcar do algodão
O néctar de incendiado desejo
Não seria uma mulher de névoa
Andaria em passos destemidos e teria braços firmes
(Mas teria algo de etéreo; até indefinível)
Que me ensinasse a colher versos
E replantá-los, como a multiplicar e dividir luzes e sonhos
Mãos afeitas às carícias mais infantis
Numa ternura que arrepia o corpo e incendeia a alma
Olhos entregues aos longes dos horizontes
Capaz de receber o maior amor do mundo

Nenhum comentário:
Postar um comentário